Políticos baianos experimentados procuraram o Política Livre para relatar estarem impressionados com a discrepância entre os gastos de campanha declarados à Justiça Eleitoral por candidatos – novos e antigos, do governo e da oposição – e o volume e a qualidade da publicidade e das ações de propaganda que vêm nas ruas, principalmente no interior.
Há casos de deputados que declararam investimentos de R$ 100 mil e cuja propaganda no interior chega próximo ou ultrapassa seguramente a casa do R$ 1 milhão. Mas a situação é extensiva também a candidatos majoritários, como alguns que disputam as duas vagas ao Senado disponíveis para a Bahia nestas eleições.
“Tem candidato ao Senado declarando que vai gastar R$ 200 mil e que está todo dia na TV. Só a campanha televisiva a gente sabe que é uma fortuna”, afirma um dos queixosos ao Política Livre, questionando o silêncio, principalmente do Ministério Público Eleitoral, a quem cabe fiscalizar a aplicação da legislação.
Ele teme que, a se confirmar o que se vê nas ruas e avenidas, as eleições de 2010 consagrem o caixa 2 nas eleições baianas e faz um alerta: “O político que mente para a Justiça Eleitoral não mente para o eleitor?”. O questionamento procede, mas a ele este site acrescenta outro, dirigido ao Ministério Público:
As candidaturas que visivelmente descumprem o que declaram à Justiça não serão impugnadas? (Raul Monteiro)Política Livre
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