A CLASSE C SE RENDE À INTERNET

A revista Exame desta quinzena trouxe à tona um tema que vem sendo palco de discussões nos principais veículos de comunicação e mídias do Brasil: o rendimento à internet da classe C, uma massa de 95 milhões de brasileiros (metade da população), e ainda em ascensão. Segundo a matéria, nos últimos três anos, 45 milhões de pessoas desta nova classe média passaram a acessar a rede, considerada a maior migração já vista em direção a uma única mídia desde a chegada da televisão no país, nos anos 50. Em 2006, 65% dos usuários de internet no Brasil pertenciam às classes A e B, ao passo que 29% eram da classe C. No ano passado, essa diferença diminuiu significativamente. As classes A e B passaram a responder por 50% do total de acessos, ante 42% da classe C (ver dados). Ou seja, pouco a pouco, essa nova forma de comunicação se aproxima de meios de comunicação líderes de audiência entre a classe média brasileira - a TV e o rádio, com 99% e 88% de penetração, respectivamente. E, embora ainda utilizada de maneira esmagadora para pesquisa, troca de e-mails e educação, a internet vem sendo cada vez mais encarada como um canal de compras: 68% dos integrantes da classe C usam a rede para pesquisar preços, número próximo aos 82% das classes A e B. A revista traz exemplos de algumas estratégias - com nova abordagem - utilizadas por empresas nacionais para atrair este público na rede. Um bom exemplo foi no segmento imobiliário. A incorporadora Goldfarb, ao destinar 25% de sua verba publicitária para ações na rede, como anúncios em sites de notícias e jornais locais, aumentou o número das vendas com início neste meio. Portanto, ainda segundo a reportagem de capa, vale a pena não só acreditar, como investir em ações nesta rede, já que este meio deixou de ser, há algum tempo, um luxo para se transformar numa promessa de futuro para a nova classe média brasileira. 

Bahia Notícias