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Feira de Ciências agita Morro do Chapéu

11/23/2010

Na próxima terça-feira, 23 de novembro, uma Feira de Ciências promete agitar o município de Morro do Chapéu (a 384 km de Salvador). A expectativa é de que o evento atraia cerca de cinco mil pessoas ao Colégio Estadual Jubilino Cunegundes. Os 600 estudantes da unidade escolar de ensino médio já estão ansiosos para ver a reação dos visitantes quando conhecerem as máquinas produzidas por eles.

“As nossas experiências não são bestas. Estamos vencendo desafios. A minha turma está construindo uma torre eólica e vamos transformar o vento em energia elétrica. Acho que as pessoas vão gostar de conhecer mais uma fonte de energia sustentável e limpa”, diz Iago Oliveira, 18, estudante do 4º ano do curso normal médio.

Para construir a torre, Iago conta que a turma parafusou uma hélice em um alternador de carro e os prendeu em uma haste a seis metros de altura. “Quanto mais alta for a haste, é melhor. A hélice vai captar o vento e jogá-lo para o alternador até gerar a energia elétrica. Com essa energia, vamos ligar uma TV, um aparelho de som e uma lâmpada”, explica Iago.
Além da torre eólica, o público poderá conferir todo o conhecimento e a tecnologia empregada na construção de uma moto e uma bicicleta adaptadas para pessoas com deficiência, uma réplica do Titanic feita com fibras de vidro, um trio elétrico feito de latas de alumínio, com seis metros de comprimento e movido a energia solar, além de um sistema de segurança a laser, dentre outras experiências. Segundo o professor de física, Amarílio Araújo da Silva, “tudo foi produzido com base nos conteúdos vistos em sala de aula, nas disciplinas física e química”.

Assuntos como “termodinâmica”, “eletricidade” e “teorema de Arquimedes”, que, às vezes, resultam em dor de cabeça para muita gente, serão vistos sob uma nova ótica e admirados pela comunidade local. “Todos conhecerão os conceitos e o processo de produção dos equipamentos. A teoria vista em sala de aula virou prática e vai encantar. É um projeto melhor que o outro”, garante Amarílio.

O estudante Iago Oliveira confirma que “a ideia de fazer a feira foi muito boa”. Ele destaca o trabalho em grupo e a união das turmas como um dos maiores benefícios do projeto. “É um incentivo para a gente. Até os colegas, que antes ficavam conversando na sala de aula, estão mais interessados em aprender. Está todo mundo fazendo junto”, afirma Iago.

Solidariedade - A 2ª Feira de Ciências do Colégio Jubilino Cunegundes traz o tema Fazendo ciência com solidariedade, que entrou em vigor desde o início, quando a comunidade do município abraçou o projeto e doou parte do material para que os estudantes realizassem as suas experiências científicas.
Contrariando quem pensa que estes produtos se tornarão peças de museu, o professor Amarílio explica que a moto e a bicicleta adaptadas para pessoas com deficiência poderão ser vistas circulando nas ruas de Morro do Chapéu. “Elas serão pilotadas por dois dos nossos estudantes especiais”, acrescenta o professor. 

Os estudantes também se empenharam na arrecadação de alimentos e conseguiram compor 100 cestas básicas. “Elas serão entregues às famílias carentes. É mais um exercício de solidariedade”, completa Amarílio. 
Todos os estudantes do Colégio estão envolvidos no projeto da Feira de Ciências. Eles cursam o ensino médio, nas modalidades normal e técnico em Agropecuária e Agroecologia.


SEC

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