Agora já não é mais Partido da Democracia
Brasileira e, sim, PSD, Partido Social Democrata, a legenda que o
prefeito paulistano, Gilberto Kassab, lança aqui amanhã (obs: hoje) . Com a presença
de políticos de nove estados, a nova legenda tem berço em S.Paulo, mas
com uma ponta baiana, já que o lançamento foi preparado para Salvador. A
razão não é a baianidade e, sim, em conseqüência do arrastão que o vice
Otto Alencar procede, dizimando partidos, como o DEM, que vai perder
muito, atraindo, ainda, descontentes do PMDB e dando abrigo a políticos
que estão em nanicos, principalmente no interior. O PSD, provável nome
de batismo, foi um velho partido da era pré-ditadura militar (golpe de
1964) que floresceu em Minas e ficou famoso pela raposagem dos seus
caciques, cuja sabedoria deixou marcas no folclore político brasileiro.
Entre tais raposas, José Maria Alkmin, Benedito Valadares e Tancredo
Neves. O evento, em alto estilo, será no Fiesta, para glorificar Otto
que, aliás, fez carreira no PFL, pelo qual chegou ao governo da Bahia,
embora na condição de tampão. Hoje, distante do que sobrou do PFL para
compor o DEM, Alencar diminuirá a densidade do sucessor do PFL. De
acordo com a Folha de S. Paulo, Salvador foi escolhida para o lançamento
do partido para indicar que ele terá abrangência maior do que sugere
seu berço paulista. O PSD nascerá com representação em nove Estados, nas
regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.” Otto pretende
enriquecer o PSD com cinco federais baianos, três dos quais do DEM, que
já comandou, como PFL, bancada de 30 deputados federais baianos. Em
outros tempos. Aliás, os fundadores da nova legenda fugiram da sigla
PDB, porque os adversários o batizaram “Partido da Boquinha”. Daí, PSD.
(Samuel Celestino)
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