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II Xirê das Letras: Giros de Resistência, 21 a 24 de setembro de 2011.

9/21/2011


O II Xirê das Letras: Giros de Resistência é a continuidade da concretização do anseio dos pesquisadores do AYOKÁ-KIANDA – Núcleo de Pesquisas e Estudos Multidisciplinares Africanos e Afro-Americanos e de muitos dos docentes e discentes do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias – DCHT XXIV, do Campus Universitário Professor Gedival Sousa Andrade, da UNEB, no município de Xique-Xique – Bahia, pela realização de um evento de natureza científica, de caráter internacional, a fim de compartilhar e impulsionar pesquisas e estudos desenvolvidos neste Departamento, pondo-os em diálogo com produções de pesquisadores de outras I.E.S., envolvendo a temática das africanidades refletidas nas línguas, nas literaturas, na educação e nas culturas africanas e afro-americanas.

Nomeamos o nosso evento Xirê das Letras no intuito de fazer circular, com espírito festivo e fraterno, conhecimentos acerca das africanidades nas Línguas, Literaturas e Culturas Africanas e Afro-Americanas. O Xirê é a manifestação religiosa em que os Orixás, entidades sagradas do Candomblé, põem-se a dançar e cantar em círculo, irmanando-se em um ato sagrado de fé e festa, oração e alegria. Sabemos que são inúmeras as religiões nos países africanos, bem como no nosso grande Brasil e demais países americanos. Ao escolhermos a simbologia do Xirê, pensamos em homenagear as religiões afro-brasileiras, cujos adeptos, por terem sofrido intensa perseguição no passado (e ainda no presente), pela resistência com que enfrentaram as adversidades e cuidaram da manutenção do legado cultural de origem africana, merecem o reconhecimento da Academia e de toda a sociedade.

A ideia de compartilhar em círculo também envolve princípios de equidade, onde todos compartilham saberes de maneira igualitária. Desde o útero materno, nossos primeiros movimentos são circulares e festivos, quando trocamos energia vital com nossas mães. Até a nossa morte, também giramos acolhidos pela grande Mãe, a Terra. E esse imenso Xirê não se finda com a morte, eterniza-se nos espaços entre o Aiyê e o Orum, entre o terrestre e o divino. Mas a idéia de Xirê, proposta como título do evento, apesar de homenagear as religiões afro-brasileiras, surge dessacralizada, abraça a todos, independente de credos religiosos, prevalecendo o espírito festivo e fraterno na divulgação de novas produções acadêmicas, literárias e culturais.

No II Xirê das Letras, pretende-se ainda consolidar laços entre o DCHT XXIV e pesquisadores angolanos, que passarão a contribuir com os trabalhos do AYOKÁ-KIANDA, a partir da abertura da Linha de Estudos Bantos no referido Núcleo, e, possivelmente, ampliar o raio de pesquisas e benefícios sociais para os Departamentos parceiros: Irecê (Campus XVI), Jacobina (Campus IV) e Itaberaba (Campus XIII).

Nesse congresso, além da comunidade acadêmica da UNEB, escritores e pesquisadores de Instituições de Ensino Superior públicas e privadas do Brasil e de países da África (Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique), da Europa (Portugal), e pesquisadores que se dedicam ao estudo das Literaturas das Américas (Caribe, Canadá), haverá a participação das comunidades remanescentes de quilombo de Alegre e Barreiro (Itaguaçu/Ba), Lagoa dos Martins (Central/Ba) e Mocambo dos Ventos (Xique-Xique/Ba), dos pescadores, das trançadeiras de rede e do povo-de-santo de Xique-Xique. Enfim, pesquisadores, professores, estudantes, escritores, editores e membros de comunidades afrodescendentes: todos integrarão esse Xirê, no intuito de fazer girar uma multiplicidade de vozes e epistemes sobre as africanidades.
iixiredasletrasuneb.blogspot.com

4 comentários:

Anônimo disse...

Gal, tem que avisar o Quinquinha, que lá não é lugar de racistas. Quinquinha tem um processo contra ele, por prática de racismo, tendo chamado o filho de Berto de "nêgro safado". Se Quinquinha aparecer no Xirê, o CABOCLO FRAUDADOR DE TÍTULOS ELEITORAIS vai dar umas ensabas nele. Melhor não vir, viu Quinquinha.

20/9/11 11:01
Anônimo disse...

Se este vereador lá for precisamos recebê-lo com uma vai.
Ele é racista, preconceituoso, ingonrante e mal educado.
Não sei como ser elege uma figura non grata para nos representar.
Só dinheiro para fazer pessoas deste nível chegar a câmara.
E ai vê o deputado que é médico e o filho que é formado em adminsitração colocar como presidente um elemento desse.
Na política vale tudo, da estupidez a ignrência e acordos que desgracam com a sociedade.

20/9/11 11:11
Anônimo disse...

povo iguinorante vcs só sabem falar em politica. parabéns uneb pela atitude, pel acoragem do evento. só assim sai noticias boas de xique xiqu. noticias que não seja corrupção, criminalidade.

20/9/11 23:52
PAULO SÉRGIO ESTUDANTE disse...

Parabenizo o prefeito Reinaldinho, como o diretor da UNEB mesmo falou, sem ajuda da prefeitura eles não poderiam fazer nada. vai ser muito caro para a prefeitura mas, vai valer apena muitos conhecimento para todos nós, e principalmente para os estudantes.

21/9/11 14:49

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