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Saiam do armário e cresçam

1/21/2014

A internet vai  rotineiramente penetrando a natureza humana, para o bem ou para o mal. É surpreendente a descoberta e a quantidade de sociopatas clássicos que existem por aí, tornando-se uma ameaça maior do que se imaginava.

Por esse prisma, acredita-se que a tecnologia não crie tantos sociopatas assim. Mas, sem dúvida, os faz sair das sombras.
Com efeito, a internet pode estar funcionando como uma válvula de escape ante a necessidade do sociopata de praticar o mal,  de cometer crimes contra a honra  daqueles que lhe despertam a fúria em razão das próprias idéias, da ideologia política, da aparência física, da etnia e até da sexualidade. 

O sociopata. a caminho da psicopatia, usa e abusa do anonimato para diminuir a pressão que sofre no seu temeroso e angustiante mundo real. Em consequência, transfere-se  para o mundo virtual em forma de anonimato.

Enganam-se, no entanto, os anônimos de todos os gêneros que a sua ação delituosa obtenha sucesso no âmbito da informática. Não obtém!

Na hipótese vertente, as suas identidades são sempre descobertas à medida que, por meios judiciais, sejam requisitados os serviços especializados da  Polícia Técnica, visando coibir o anonimato rasteiro, covarde e sórdido cujo agente, imaturamente, continua a pensar que seus atos criminosos  estarão impunes. Não estarão!

A compulsão do sociopata, portanto, é tripudiar, sadicamente, aquele objeto do seu ódio sem demonstrar jamais qualquer sensibilidade, derivando-se, neste caso, para a psicopatia que  difere da sociopatia, convém frisar.

Todavia, o aspecto mais aterrador do sociopata pode nem ser esse. O que o torna perigoso é o seu egoísmo psicótico e a total ignorância da própria doença. Essas pessoas nem sonham que estão doentes e estão convencidas de que buscar o próprio bem-estar e prazer em detrimento de qualquer valor humanista, é perfeitamente justificável.

Assim, os crimes de ódio e intolerância que vêm ocorrendo mais amiúde, com agressões a homossexuais e a nordestinos, entre outras minorias, decorrem da banalização do comportamento sociopata que a internet vem expondo sem estimular os mentalmente enfermos a “sair do armário”, por assim dizer.

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