O presidente recém-eleito de Israel, Reuven
Rivlin, tentou consertar o estrago causado nas relações com o Brasil, depois
que um porta-voz da chancelaria israelense classificou o País como "anão
diplomático"; num telefonema nesta segunda-feira, ele esclareceu que as
expressões usadas por esse funcionário "não correspondem aos sentimentos
da população de seu país em relação ao Brasil"; Rivlin justificou os
ataques a Gaza como autodefesa, mas a presidente Dilma voltou a condenar a
desproporcionalidade dos bombardeios ordenados pelo primeiro-ministro Benjamin
Netanyahu; leia nota do Planalto
O governo de Israel tentou, nesta
segunda-feira, consertar o estrago causado por um porta-voz da chancelaria que
classificou o País como "anão diplomático". Nesta segunda-feira, o
presidente recém-eleito Reuven Rivlin telefonou para a presidente Dilma Rousseff
e pediu desculpas pela grosseria. Leia, abaixo, nota do Planalto:
Nota à imprensa
Presidente de
Israel chama por telefone a Presidente Dilma Rousseff
A Presidente Dilma Rousseff recebeu hoje chamada
telefônica do recém-eleito Presidente de Israel, Reuven Rivlin.
Na conversa dos dois mandatários, o Chefe de
Estado israelense apresentou desculpas pelas recentes declarações do porta-voz
de sua Chancelaria em relação ao Brasil. Esclareceu que as expressões usadas
por esse funcionário não correspondem aos sentimentos da população de seu país
em relação ao Brasil. A Presidente Dilma fez referência aos laços históricos
que unem os dois países há várias décadas.
Na conversação dos dois dirigentes foi evocada a
grave situação atual da Faixa de Gaza. O mandatário israelense afirmou que o
país estava defendendo-se dos ataques com mísseis que seu território vinha
sofrendo.
A presidente Dilma afirmou que o governo
brasileiro condenara e condena ataques a Israel, mas que condena, igualmente, o
uso desproporcional da força em Gaza, que levou à morte centenas de civis,
especialmente mulheres e crianças. Reiterou a posição histórica do Brasil em
todos os foros internacionais de defesa da coexistência entre Israel e
Palestina, como dois Estados soberanos, viáveis economicamente e, sobretudo,
seguros.
Manifestando sua esperança de que a continuidade
do cessar-fogo e as negociações atuais entre as partes possam contribuir para
uma solução definitiva de paz na região, a Presidenta do Brasil enfatizou que a
crise atual não poderá servir de pretexto para qualquer manifestação de caráter
racista, seja em relação aos israelenses, seja em relação aos palestinos.
1 comentários:
Este blog de Gal é só PT o resto é conversa.
12/8/14 12:55Postar um comentário
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