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A lei da causa e efeito chega à revista Veja

4/16/2015


 
A crise da mídia impressa chegou à revista Veja, que, nesta quinta-feira, anunciou um processo de reestruturação que deve cortar 40 empregos.

Tradicionalmente poupada nos cortes feitos pela Abril, desta vez Veja não escapou do 'passaralho', nome dado nas redações aos processos de demissão em massa.

Estão sendo encerrados os suplementos Veja BH e Veja Brasília. Em São Paulo, onde funciona o centro de decisão da publicação mais politicamente engajada do País, sempre alinhada ao PSDB, estão sendo cortadas as vagas de editores com maiores salários e mais tempo de casa.

O 'passaralho' de Veja se insere no processo de derrocada da mídia impressa, em tempos de universalização da internet, das redes sociais e de equipamentos como tablets e smartphones.

Na última semana, o Estado de S. Paulo anunciou 120 demissões (suspensas pelo Tribunal Regional do Trabalho) e a Folha promoveu 50 demissões.

A Editora Abril anunciou nesta quinta-feira (16/4) um processo de reestruturação na revista Veja, sua principal publicação. IMPRENSA apurou que a empresa jornalística encerrou as atividades da Veja Brasília e Veja BH no impresso. A última edição das revistas vai circular no próximo sábado (18/4).

Com a mudança, a expectativa é de que pelo menos 40 profissionais tenham sido desligados da publicação, o que não foi confirmado pela editora. 

Em nota, a Abril apenas divulga o fim das edições, que passam a ser veiculadas exclusivamente no digital “com conteúdo focado nos roteiros culturais e nos serviços do Comer & Beber, os mais requisitados pelos leitores”.

Ainda no comunicado, a Abril anunciou o lançamento do novo site da revista Veja, que tem como objetivo intensificar “a união entre as equipes das edições online e off-line”. Como justificativa para o novo projeto, a empresa explica que o “processo está associado à desaceleração econômica que impacta a publicidade e a mídia de maneira geral”, e que “está alinhado às transformações do mercado e às exigências dos leitores”. 

Vejam só a lei do retorno: "Aqui se faz, aqui se paga".

Danúbia Paraizo, do Portal Imprensa

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