Pelo menos sete membros da Federação Internacional de Futebol
(Fifa) foram presos na manhã desta quarta-feira (27/05), em Zurique, (Suíça), acusados
de ter recebido milhões de dólares em propina ao longo das últimas décadas.
A polícia regional de Zurique prendeu os suspeitos
na chegada para o congresso anual da Fifa, no luxuoso hotel 5 estrelas Baur au
Lac, na metrópole suíça. A operação foi realizada a pedido da Justiça
dos Estados Unidos. Os dirigentes da entidade máxima do futebol mundial
aguardam extradição para os EUA, informaram as autoridades suíças.
Segundo informações do jornal The New York Times,
citando fontes da Justiça americana, os cartolas são acusados de lavagem de
dinheiro, fraude e extorsão em esquemas que estão em funcionamento desde a
década de 1990. Para justificar a extradição, o Ministério suíço da Justiça
informou que os crimes teriam sido negociados nos EUA, e os pagamentos foram
realizados através de bancos americanos.
"Os suspeitos de corrupção – representantes de
mídias esportivas e empresas de promoção do esporte – estão alegadamente
envolvidos em esquemas de pagamento de propina a delegados e outros
funcionários de sub-organizações da Fifa, totalizando 100 milhões de dólares.
Em troca, acredita-se que eles tenham recebido direitos de cobertura midiática,
marketing e patrocínio em campeonatos de futebol na América Latina",
declarou o Ministério da Justiça da Suíça em comunicado.
As acusações são um grande golpe para a Fifa, no
momento em que Joseph Blatter busca seu quinto mandato como presidente da
entidade, numa votação marcada para sexta-feira. Segundo o NYT, o nome de
Blatter não é mencionado no processo da Procuradoria de Nova York.
As acusações, segundo uma autoridade ouvida pelo NYT, engloba várias
pessoas por crimes de extorsão, fraude eletrônica e conspiração para lavagem de
dinheiro, incluindo as disputas pela organização de duas Copas do Mundo (Rússia em 2018 e Catar em 2022) e a negociação de contratos de marketing e de direitos de TV, informa o NYT de acordo com 3 autoridades jurídicas com pleno conhecimento do caso. Os dirigentes presos são acusados de receberem algo em torno de $ 100 mi (R$315 mi) de propina.
Os dirigentes acusados, segundo o NYT, são Jeffrey Webb (Ilhas
Cayman), Eugenio Figueiredo (Uruguai), Jack Warner (Trinidad e Tobago), Eduardo
Li (Costa Rica), Julio Rocha (Nicarágua), Costas Takkas (Ilhas Cayman), Rafael
Esquivel (Venezuela), José Maria Marin (Brasil) e Nicolás Leoz (Paraguai). Dentre os
empresários de marketing esportivo também envolvidos estariam Alejandro
Buzarco, Aaron Davidson, Hugo Jinkis e Mariano Jinkis e José Margulies.
The New York Times
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