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Não é, meu rei?

5/12/2015


 
Foi a Rede Globo quem inventou esse negócio de  que nós baianos  chamamos todo mundo de “ meu rei”, no momento  que nós  nos  comunicamos  com os  companheiros  d'aqui,  d'alhures ou  d’além mar.

Desde que emigrei de Xique-Xique e vim estudar em Salvador, no limiar dos anos 70, jamais ouvi alguém, no território baiano, dizer Nilson... e aê  meu rei?

Talvez seja mesmo invencionice forçada da Globo.  Alguns de nós baianos sabemos  que o  baianês, sem pimenta malagueta no  pirão de surubim, foi inventado por um famoso estilista paulistano, que residiu aqui em XiqueXique, na Rua 6 do BNH Novo  e que, atualmente,  se gaba por  atuar  num atelier localizado no aprazível bairro de Guaianases, em   São Paulo, ao espalhar “o meu rei” com nuances de “minha rainha”,  foi tão somente para  vingar-se,  por ciúmes,  de  um xiquexiquense,  tocador de berimbau e de  axé, patrocinado pelos transeuntes  da Praça da República e  da Praça da Sé de São Paulo. Ouvi dizer que esse paladino da arte popular,  estaria de conluio com  outro artista xiquexiquense, rouquenho  cantor do escatológico pagode universitário e seus convizinhos, de repertório controverso.

De qualquer modo, quando raramente mantenho alguma conversação inteligente com  turistas que, transitórios pela própria natureza,  se assenhoram desta terra bem afortunada pelos Orixás, pela Mãe D’Água ou pelo  Nêgo D’Água,  pondero, no diálogo,  que aqui na Bahia o nosso sotaque é o mais puro e o mais  discreto  charme que desponta  desde o Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves!
Nilson Machado de Azevedo

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