A Advocacia Geral da União (AGU)
protocolou ontem defesa do Governo Federal em relação aos pontos questionados
pelo no Tribunal de Contas da União (TCU), que versam sobre possíveis
irregularidades nas contas da presidente Dilma Rousseff referente ao ano passado.
O ministro-chefe da AGU, Luís Inácio
Adams, afirmou que a presidente está “confiante” em relação ao relatório final
que deverá ser emitido dentro de um mês pelo Tribunal.
Adams disse ainda que a aprovação ou
rejeição das contas não dá margem para entrar com pedidos de impeachment. “Você
não cassa um mandato baseado nas contas de governo. A questão que está sendo
avaliada aqui não é a conduta de cada um dos agentes, particularmente da
presidente, o que está sendo julgado são as contas governamentais”.
O documento, de mais de mil páginas,
destaca oito principais argumentos do governo. Entre eles, a prestação de
serviço para pagamento de benefícios sociais, equalização de taxa de juros,
adiantamentos do FGTS para execução do Minha Casa Minha Vida, dívida líquida do
setor público e resultado primário, entre outros.
Um dos principais argumentos do
governo é sobre a chamada “pedalada fiscal”, que discute atrasos de repasse do
Tesouro a bancos públicos, como é o caso da Caixa, Banco do Brasil e BNDES. O
documento explica que as práticas ocorreram durante períodos curtos, e que
acabam sendo compensados no momento em que os bancos recebem os recursos e
ficam com saldos positivos.
“Os números da Caixa (Econômica
Federal) mostram que existe uma sistemática com relação ao repasse dos bancos
públicos em que havia situações de pagamentos descobertos. Essa prática tinha
momento de volumes maiores ou menores, mas o fato é que se incorporou como
realidade do ponto de vista do sistema de pagamentos. Nós entendemos que isso é
uma prestação de serviço, se incorpora à lógica de prestação de serviços”,
afirmou Adams.
O documento foi entregue ao
presidente do Tribunal, Aroldo Cedraz, que o repassou para o relator
responsável pela avaliação das contas no TCU, o ministro Augusto Nardes.
Segundo ele, será feita “uma análise muito criteriosa e que leve em
consideração todas as ponderações feitas pela presidente da República”.
O material deverá ser encaminhado
para a área técnica do Tribunal, e, após análise, devolvido a Nardes. O relator
fará seu voto e encaminhará o relatório das contas do governo para o plenário
do TCU, que pode emitir parecer recomendando ao Congresso Nacional a aprovação
ou rejeição. (com agências de notícias)
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