O site Congresso em
Foco divulgou nesta segunda-feira, 31, um levantamento com os nomes de 132
deputados federais que respondem a inquéritos ou a ações penais no Supremo
Tribunal Federal (STF). Considerando os 513 eleitos que compõem o casa
legislativa, o número levantado corresponde a 26% do total. Doze deputados
baianos compõem a relação de investigados.
Ainda segundo o
site, o percentual é inferior ao de senadores que respondem a processos no
Supremo, que é de 40%. Mas aponta motivos. O primeiro seria que, provavelmente,
o STF - foro exclusivo para o julgamento de deputados e senadores - não recebeu
processos que tramitam nos estados. O segundo motivo apontado seria que muitos
deputados ainda não têm tempo de vida política suficiente para que sejam detectados
atos ilícitos em sua trajetória.
A lista traz nomes
como do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do Pastor Marco
Feliciano (PSC-SP), Jair Bolsonaro (PP-RJ) e José Mentor (PT-SP). Cunha, por
exemplo, responde a inquérito por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
dentro da Operação Lava Jato; Bolsonaro responde por incitação a prática de
crime, quando disse que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) "não seria
estuprada porque não mereceria". Os motivos dos inquéritos são variados.
Os baianos citados
são Afonso Florence (PT), Arthur Oliveira Maia (SD), Bacelar (PTN), Benito Gama
(PTB), Caetano (PT), Fernando Torres (PSD), Félix Mendonça Junior (PTN), João
Carlos Bacelar (PR), Paulo Magalhães (PSD), Roberto Brito (PP), Ronaldo
Carletto (PP) e Valmir Assunção (PT).
Explicações
Os deputados
baianos citados, a exemplo dos 120 parlamentares de outros estados, respondem a
diferentes tipos de processos. Florence responde por improbidade
administrativa; Maia e Bacelar, por lavagem de dinheiro e peculato; Gama, por
crime de calúnia; Caetano, desvio de fundos do Fundeb; Torres, crime contra a
ordem econômica.
João Bacelar
responde por peculato, falsidade ideológica e crimes eleitorais; Magalhães,
tráfico de influência e crime eleitoral; Brito é acusado de receber de R$ 30
mil a R$ 150 mil no Petrolão; Carletto responde por crimes contra o sistema
financeiro, peculato e lavagem de dinheiro; e Assunção, por crimes eleitorais.
A TARDE conseguiu
falar com quatro dos doze listados. Félix Mendonça disse que o procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento de seu caso. "Foi o caso
de um cliente que comprou um apartamento que não tinha alvará", disse o
pedetista.
Luiz Caetano diz
que, quando foi prefeito de Camaçari, não utilizou verbas do Fundeb para
realizar obras, mas para pagar a servidores da educação. "Reunimos todos
os documentos que mostram que não houve utilização irregular das verbas do
Fundeb", diz o petista.
Gama disse que seu
processo prescreveu. "Foi uma acusação de calúnia por um discurso
que fiz nas eleições de 2012, em Ituaçu". Já Arthur Maia disse que
esperará o julgamento para tomar medidas judiciais contra o acusador.
Fonte: A TARDE
0 comentários:
Postar um comentário
Os comentários serão de responsabilidade dos autores. podendo responder peço conteúdo postado!