Diferentemente de como somos tratados lá fora,
estrangeiro aqui é rei. Nunca encontrei um europeu, americano, judeu ou japonês
entre mendigos; raros são os que moram nos bairros da periferia das cidade
brasileiras. Quase sempre são de classe média para cima. Nas prisões, temos
africanos e latino-americanos.
Europeus, americanos, japoneses e judeus são raros.
O conhecimento dessa realidade acabou com meu projeto. Nunca mais dei importância a qualquer país além do Brasil. Fiquei enojado dessa gente que se acha melhor do que os outros; ridículos, porque usam o banheiro como todos.
Quando o PT e a maioria do povo brasileiro reelegeram a presidente Dilma Rousseff, muitos dos que possuem dinheiro pensaram em sair do país, como alguns, aliás, o fizeram. Foram morar em Miami.
O crescimento econômico brasileiro continuará pequeno, não havendo oportunidade para especulação e ganhos indevidos, segundo dizem por causa da Lava-Jato. A classe C, quer queiram ou não, continuará a expandir para os redutos da classe média. A economia continuará distributiva, mesmo com o rebaixamento promovido pelas agências de risco. Os programas como Bolsa Família e Bolsa Escola continuarão a funcionar. Os bancos não terão ajuda para tapar “buracos”; as indústrias usarão seus próprios recursos para gerar lucros; os jornais continuarão atacando o governo sistematicamente.
Azar de quem ainda queira partir. Miami fica a 7 horas e meia de voo daqui de Salvador-Bahia. Mas se o dólar está acima dos 4 Reais? É problema nosso. Afirmo que esses próximos 3 anos prometem ser os mais fantásticos do país. Contestação, movimentos sociais em efervescência, confrontos entre polícia e manifestantes, brigas, discussões e retroalimentação da violência pelos meios de comunicação.
Políticos do PSDB continuarão a trabalhar para afundar o Brasil, porque querem o poder sem ter ganhado a eleição para presidente e o resto que se morda. É golpe mesmo. A vida estará cheia de significados porque aqui no Brasil é tempo de murici e cada um que cuide de si. Serão capítulos inéditos e de arrasar. Quero acompanhar de perto essa movimentação, quero ver passar pela janela essa pseudo revolução de costumes, caráter e ética. E se precisar vou à luta usando baraço, cutelo e clavinote do século XXI, entendem?
Como diria o poeta, “só os peixes mortos vão rolar a favor da correnteza” e 2018 está longe. Muita água ainda correrá por debaixo da ponte brasilis.
nilsonazevedo@globo.com
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