Reportagem deste fim de semana da revista Época, da Globo, deixou
escapar, inadvertidamente, que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, um
dos principais braços da administração Barack Obama, entregou à força-tarefa da
Lava Jato dados da caixa de emails de Alexandrino Alencar, ex-diretor da
Odebrecht; o email comprovaria que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
teve um encontro no México a pedido da empreiteira de Marcelo Odebrecht; ação
de Obama revela disputa geopolítica por trás da Lava Jato, que já fez com que a
Odebrecht demitisse 70 mil pessoas, paralisasse a construção do submarino
nuclear e pode também produzir a abertura do pré-sal; governo russo, de
Vladimir Putin, já denunciou a ação dos Estados Unidos para desestabilizar a
economia brasileira; em recente viagem à Argentina, Obama deixou transparecer
que apoia o golpe de 2016, assim como ocorreu em 1964; reportagem recente da
Foreign Affairs também apontou como, na era Lula, o Brasil vinha se
transformando em potência global
Uma reportagem da revista Época, do grupo Globo, revela, de forma inadvertida,
as digitais da administração Barack Obama na produção de provas da Operação
Lava Jato.
A revelação está na reportagem "PF acha prova de que Lula,
presidente, atendeu a pedido de lobista da Odebrecht" e aponta
que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos recuperou dados da caixa de
emails de Alexandrino Alencar, ex-diretor da Odebrecht, que foram entregues à
força-tarefa brasileira:
A caixa de e-mails de Alexandrino havia sido apagada, mas foi recuperada
graças a uma investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos,
motivada pela Lava Jato. Os dados foram enviados à PF no início de
março. “O e-mail supra aponta indícios de que Luiz Inácio Lula da Silva era
incentivado a atender compromissos de interesse do Grupo Odebrecht ainda quando
ocupava a cadeira de presidente”, diz o relatório da polícia enviado aojuiz
Sergio Moro e obtido por ÉPOCA. O texto curto constitui um
novo elemento na investigação sobre a suspeita de que Lula fez
tráfico de influência para a Odebrecht – não só após deixar o
cargo, mas desde que era presidente da República.
O que Época retrata como uma ação corriqueira pode ser algo muito maior,
inserido numa ação geopolítica dos Estados Unidos, para enfraquecer a economia
brasileira.
Desde o início da Operação Lava Jato, o setor de engenharia brasileiro
praticamente quebrou. A Odebrecht, sozinha, demitiu 70 mil funcionários e pode
reestruturar dívidas de R$ 100 bilhões.
Além disso, foram paralisados projetos estratégicos como a construção
dos submarinos nucleares, a cargo da Odebrecht e do grupo francês DCNS, que
visam patrulhar a fronteira marítima do Brasil, onde estão as reservas do
pré-sal. Outra possível consequência da operação é abertura do pré-sal à
exploração de grupos estrangeiros.
De 1964 a 2016
Na recente viagem que fez à Argentina, o presidente Barack Obama ensaiou
um discurso pró-democracia. Ao lado do presidente argentino Mauricio Macri,
disse que os Estados Unidos devem perdão aos argentinos por terem apoiado a ditadura
sanguinária no país vizinho. Ao comentar a crise no Brasil, Obama se esquivou
de condenar o golpe em curso e disse que o "Brasil possui instituições
fortes" – a senha que traduz seu apoio à deposição da presidente Dilma
Rousseff, que sua própria administração grampeou ilegalmente por meio da NSA.
Depois disso, Macri, que vinha condenando o golpe no Brasil, decidiu se calar.
Dias atrás, o jornal russo Pravda apontou as digitais do governo
americano na tentativa de derrubada do governo da presidente Dilma (leia mais aqui). Recentemente, uma
reportagem da revista Foreign Affairs também destacou como o Brasil vinha se
transformando em player global, graças à ação do ex-presidente Lula e das
construtoras brasileiras – especialmente na África e na América Latina (leia aqui).
Assim como
apoiaram o golpe militar de 1964, ao lado de grupos de comunicação como a
Globo, os Estados Unidos também parecem estar envolvidos no golpe de 2016, para
que o Brasil volte a ser quintal do império.
Informações do site Brasil 247
Informações do site Brasil 247
1 comentários:
Que pena não tem link para compartilhamentos e nem para Blogger
2/4/16 18:31Postar um comentário
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