Em 1964 o Congresso
se integrou ao golpe militar que instaurou o regime de terror contra a
democracia e os democratas no Brasil. Ocupou a presidência, a entregou aos
militares e referendou a todos os militares designados pelas FFAA para dirigir
o pais. Os que se opuseram tiveram seus mandatos cassados, foram perseguidos,
presos e vários deles mortos. Os outros seguiram dando cobertura à ditadura
militar.
O Congresso foi
sucessivamente castrado por reiterados processos de cassação do mandato dos
seus deputados e senadores e seguiu aprovando sempre os nomes dos ditadores que
a alta oficialidade das FFAA decidia que deveria dirigir os destinos do pais.
Esta semana o
Congresso será submetido a um novo desafio: ou promove o golpe ao tirar o
mandato de uma presidenta eleita pelo voto popular, sem nenhuma acusação que o
justifique, e passará à historia como um Congresso golpista, inimigo da
democracia. Ou se oporá a assumir esse papel, dará um basta a essa tentativa
espúria e expressará um compromisso com a democracia brasileira.
O processo aparece
revestido de justificativas que, nenhuma delas, se sustenta:
O governo seria
corrupto, mas a presidenta não é alvo de nenhum processo nesse sentido,
enquanto que o presidente da Câmara é réu em vários processos, reconhecido como
o politico mais corrupto do Brasil.
A acusação de gastos indevidos do governo, quando o próprio Congresso aprovou grande quantidade das chamadas "pautas bomba", que implicam em gastos do orçamento sem nenhuma utilidade social.
A acusação da situação economia ruim – que não justificaria nunca um impeachment – é totalmente inconsistente, considerando que o ex-presidente FHC entregou a Lula o pais na mais profunda e prolongada recessão que nossa economia conheceu, além do descontrole inflacionário de 12,5% ao ano e nunca foi objeto de tentativas de impeachment por essa razão.
A acusação de gastos indevidos do governo, quando o próprio Congresso aprovou grande quantidade das chamadas "pautas bomba", que implicam em gastos do orçamento sem nenhuma utilidade social.
A acusação da situação economia ruim – que não justificaria nunca um impeachment – é totalmente inconsistente, considerando que o ex-presidente FHC entregou a Lula o pais na mais profunda e prolongada recessão que nossa economia conheceu, além do descontrole inflacionário de 12,5% ao ano e nunca foi objeto de tentativas de impeachment por essa razão.
Trata-se, por
tanto, como o povo já percebeu e expressa mediante o grito que se espalha por
todo o pais, de um golpe. De uma reles tentativa de cassar o voto popular
mediante uma maioria ocasional, obtida com argumentos inconsistentes e
interesses inconfessáveis. Tanto assim que a tentativa de golpe é levado
adiante por políticos acusados de corrupção, com processos no STF.
O Brasil não será o
mesmo depois desta crise. Não é mais possível seguir governando com um sistema
politico que se presta a todo tipo de barganha econômica e torna o pais
ingovernável. Tampouco é possível que uma democracia seja submetida a processos
autoritários execração publica de pessoas sem nenhum tipo de prova, pela
aliança antidemocrática de setores do Judiciário, da PF e da mídia. A própria
formação da opinião, publica, numa democracia, não pode ficar sujeita aos
interesses e opiniões de poucas famílias, que usam seus meios de comunicação
para falsear a realidade e atuar como partido politico golpista.
O Brasil sairá
desta crise com um poder ilegítimo, produto de um golpe, condenado pela
cidadania, ou sairá com sua democracia fortalecida e em processo de renovação.
Resta que o Congresso decida de que lado ele pretende estar este momento: do
lado do golpe ou do lado da democracia, do lado das oligarquias dominantes ou
do lado do povo brasileiro.
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