Durante abertura da 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, nesta quarta-feira, 27, a presidente Dilma Rousseff afirmou que tem orgulho do País e que é necessário que a luta pela democracia seja continuada.
Para Dilma, o processo de impeachment contra ela no Senado diz respeito à democracia, e não ao seu mandato. "Nós vamos discutir o nome social, eles não vão discutir o nome social. "Vou lutar até o fim para garantir que a democracia seja respeitada.
Este é um processo de eleição indireta, daqueles que não têm voto, para se colocar numa disputa e receber os votos do povo brasileiro, que é o único caminho correto para alguém chegar ao governo. Nós não vamos deixar que encurtem o caminho ao poder, através de uma eleição indireta, falsificada de impeachment.
O que está em questão não é apenas 54 milhões de votos. É mesmo aqueles que compareceram às eleições, que são 110 milhões de brasileiros. Eles também serão roubados, porque mesmo quando você participa, você tem que respeitar seu adversário. E só tem um vencedor, que é o povo brasileiro. Não podemos desrespeitar eleições diretas no Brasil. Se aceitar isso, estaremos desrespeitando o povo brasileiro", afirmou.
Dilma disse ainda que o processo tem um pecado original, que é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). "Ele queria fazer um jogo escuso com o governo. Qual era o jogo: votem para impedir que eu seja julgado no Conselho de Ética, tira os votos que o governo tem no Conselho de Ética, e aí eu não entro com o processo de impeachment.
Um governo que aceita uma negociação dessa, entra em processo de apodrecimento, daí nós nos recusamos. Aí, o presidente da Câmara abriu o processo de impeachment. Eu não tenho contas no exterior, jamais usei dinheiro público para me beneficiar, não tenho acusação de corrupção. Então eles arranjaram uma acusação e me acusam de ter práticas contábeis incorretas", explicou.
Dilma destacou que a importância da conquista dos direitos. "Todos nós, inclusive esta presidenta, só chegou aqui porque lutou também, a boa luta, pela democracia, pela inclusão. A democracia só é plena quando os direitos humanos são respeitados", disse a presidente.
A presidente elencou uma série de ações e obras que foram realizadas desde o seu primeiro governo e ressaltou a criação da Comissão Nacional da Verdade. "Significa que nós avançamos na compreensão de uma fase da história brasileira que não queremos que se repita, que foi a ditadura. Tortura nunca mais!", disse Dilma.
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