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Fernando Henrique Cardoso trai Cunha e diz agora que quer sua cassação

4/15/2016


Após uma vergonhosa aliança fechada entre o PSDB e o deputado Eduardo Cunha (PMDB), que inviabilizou o Brasil nos últimos dois anos e levou o pais à beira de um golpe que causa espanto em todo o mundo civilizado, o que está estampado nas manchetes dos jornais New York Times e El País desta sexta (15), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defende agora que o seu partido apoie a cassação de Cunha; "O PSDB tem de agir de acordo com o que foi descoberto pela polícia, pelo procurador e que a Justiça está encaminhando. Não tem de tergiversar. Havendo erro, tem de cassar. Até agora, o que tem aparecido é que tem muitos elementos consistentes. O PSDB deve apoiar a cassação", disse; apesar disso, FHC, um dos ideólogos do golpe contra Dilma, ainda defende o impeachment

 



O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse nesta sexta-feira (15) que dificilmente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) conseguirá se manter na presidência da Câmara dos Deputados por muito tempo.

"É uma questão sujeita ao Supremo, que quanto antes decidir melhor. Acho difícil que o deputado Cunha seja capaz de sustentar a posição dele no decorrer do tempo. A probabilidade de que haja uma cassação é grande", afirmou.

O tucano afirmou que o PSDB deve apoiar a cassação de Cunha mesmo se ele já estiver afastado da presidência da Casa:

"O PSDB tem de agir de acordo com o que foi descoberto pela polícia, pelo procurador e que a Justiça está encaminhando. Não tem de tergiversar. Havendo erro, tem de cassar. Até agora, o que tem aparecido é que tem muitos elementos consistentes. Se o tribunal considerar réu, acho que o PSDB deve apoiar a cassação - afirmou ex-presidente, lembrado em seguida de que Cunha já é réu no Supremo Tribunal Federal.

Ao falar sobre o impeachment, ele disse que vê "grande probabilidade" da aprovação do pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff neste domingo (17) na Câmara. Perguntado sobre qual foi o maior erro político de Dilma na relação com o Congresso para a situação chegar a este ponto, o ex-presidente avaliou que a crise política foi semeada no governo Lula:

"(O maior erro político) Não foi dela. Foi do governo anterior. Uma fragmentação do Congresso enorme, em função de os deputados perceberem que quanto mais partidos há, mais pressão se pode fazer e mais vantagens se pode obter. Quando ela chegou, já era essa a situação, ela não teve forças, talvez tenha até desejado, mas não teve forças para conter", afirmou.

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