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"Temer é impostor e será colocado para fora"

5/12/2016


Já passava da 1h desta quinta-feira quando o senador petista Lindbergh Farias (PT-RJ) ocupou a tribuna para fazer o seu discurso sobre o impeachment; durante sua fala, o senador chamou o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o vice-presidente Michel Temer e Aécio Neves de “capitães do golpe”; “Para a história de nosso país, isso aqui vai passar como um golpe parlamentar"; ele disse apostar no insucesso do governo Temer e na volta da presidente afastada após o julgamento pelo Senado: "Não durará, daqui a três e quatro meses, nós vamos colocar Temer, esse impostor, para fora do Palácio do Planalto", concluiu ele, sendo efusivamente aplaudido por aliados na saída da tribuna.

 


O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) classificou o impeachment da presidenta Dilma Rousseff como um “golpe parlamentar”. “Para a história de nosso país, isso aqui vai passar como um golpe parlamentar", disse o senador. "A maioria da população vai reconhecer isso aqui como um golpe".

Já passava da 1h do dia 12 quando o senador petista ocupou a tribuna para fazer o seu discurso. Durante sua fala, o senador chamou o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o vice-presidente Michel Temer e Aécio Neves de “capitães do golpe”.

Durante seu discurso, o senador criticou durantemente e oposição que, segundo ele, “não teve lealdade com a Constituição” de 1988 e centrou suas críticas no PSDB que, segundo ele, não reconheceu o resultado das eleições presidenciais de 2014. “48h depois da vitória da presidenta Dilma, o PSDB recorreu ao TSE pedindo a recontagem dos votos. Seis dias depois fizeram um ato em São Paulo com pessoas pedindo o impeachment da presidenta Dilma. Depois pediram que o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] diplomasse o candidato Aécio Neves como presidente da República”, disse.

Lindbergh lembrou o golpe militar de 1964 que resultou na deposição do presidente João Goulart. Na ocasião, a mídia tentou legimimar o golpe como algo democrático”, argumentou Farias lendo manchetes de jornais da época.

O senador alfinetou o senador Aécio Neves, ao citar o seu avô, Tancredo Neves, que teve papel ativo na luta pela redemocratização do país. Lindbergh disse que o político mineiro nunca se posicionou favorável a “um golpe”. Ao final, o senador dirigiu a palavra a Dilma e disse que Dilma deveria sair do Planalto com a “cabeça erguida”. “Presidenta saia amanhã daquele palácio de cabeça erguida, porque a história lhe absolverá com toda a certeza como a história deu razão a Getúlio Vargas, a Juscelino Kubtschek e a João Goulart”.

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