A Bahia tem a
melhor nota do Nordeste e a terceira melhor do país no que diz respeito à
capacidade de pagamento de dívidas e outros compromissos, de acordo com
avaliações técnicas do Tesouro Nacional. Com o conceito B, a Bahia ficou abaixo
apenas de Pará (A-) e Tocantins (B+).
O ranking traz os
maiores estados do país nas últimas posições. O Rio de Janeiro, que decretou
calamidade pública em função da crise nas finanças estaduais, é o pior
colocado, com nota D, ao lado de Alagoas. Minas Gerais e Rio Grande do Sul,
junto com Goiás, ficaram com D+, a segunda pior nota. Este grupo é considerado,
de acordo com a Folha de S. Paulo, em situação de desequilíbrio fiscal. São
Paulo fica logo depois entre os de pior desempenho, com nota C-.
O Sul do país
apresenta os piores desempenhos por região, tendo como maior nota a do Paraná:
C+. As notas são calculadas, ainda segundo a Folha, quando os estados pedem o
aval do governo federal para obter empréstimos e financiamentos. Quando a nota
é C ou D, há mais restrições aos pleitos.
Gestão das finanças
Além da Bahia,
outros seis estados tiveram nota B: Amazonas, Rondônia, Roraima, Amapá, Federal
e Espírito Santo. De acordo com o secretário da Fazenda do Estado, a boa
posição da Bahia no ranking reflete a gestão de finanças nos últimos anos,
caracterizada por recuperação da capacidade do fisco e controle dos gastos,
conforme foi determinado pelo governador Rui Costa.
"Mesmo com a
queda nas transferências federais e as dificuldades produzidas pela crise, que
trouxeram queda real na receita no primeiro quadrimestre deste ano, temos
mantido nossos compromissos em dia, a operacionalidade da máquina e a
capacidade de investimento", afirma o secretário.
O Secretário da Fazenda
destaca ainda que o ranking do Tesouro evidencia o confortável perfil de
endividamento da Bahia. Hoje, a dívida corrente líquida do Estado equivale a
54% da receita corrente líquida, enquanto alguns dos grandes estados já estão
próximos ou acima do limite máximo de 200%, estipulado pela Lei de
Responsabilidade Fiscal.
O perfil favorável da dívida
justifica o principal pleito da Bahia junto ao governo federal: o aval para
novas operações de crédito, fundamentais para a continuidade dos investimentos
em infraestrutura mantidos pelo Estado na capital e no interior.
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