Documento histórico, de 536 páginas, desmonta,
ponto a ponto, a farsa do golpe contra a democracia brasileira que se
convencionou chamar de impeachment; aos poucos, a população brasileira enxerga
a natureza perversa do golpe, já denunciado pelos jornais do mundo inteiro, e
há mais brasileiros a favor do retorno de Dilma do que da permanência do
interino Michel Temer, ainda que a maioria prefira novas eleições; “É uma peça
que sintetiza todas as provas que foram reunidas ao longo desse período:
testemunhas, perícias, prova documental. Tudo aquilo está sintetizado, e é
feita uma análise das duas denúncias”, explicou José Eduardo Cardozo; segundo
ele, na peça da defesa também foram abordados vários fatos que surgiram ao
longo desse processo; “Um deles, muito importante, foi a proposta de
arquivamento que o MPF fez relativamente ao inquérito que tratava das
pedaladas. Se for um julgamento justo, mesmo político, a absolvição é
clara, não há prova nenhuma", reforçou; confira as alegações na íntegra
A defesa da presidente eleita Dilma Rousseff entregou, nesta
quinta-feira (28), na Comissão Processante do Impeachment no Senado, os
documentos com as alegações finais do processo. A peça, com cerca de 500
páginas, foi entregue pelo ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, um dos
advogados da defesa de Dilma.
“É uma peça que sintetiza todas as provas que foram reunidas ao longo
desse período: testemunhas, perícias, prova documental. Tudo aquilo está
sintetizado, e é feita uma análise das duas denúncias”, explicou Cardozo.
Segundo o advogado, na peça da defesa também foram abordados vários fatos que
surgiram ao longo desse processo. “Um deles, muito importante, foi a proposta
de arquivamento que o Ministério Público Federal fez relativamente ao inquérito
que tratava das pedaladas.”
Cardozo mostrou-se confiante na possibilidade de os senadores absolverem
Dilma.
"Se for um julgamento justo, mesmo político, a absolvição é clara,
não há prova nenhuma", afirmou o advogado.
Ele acrescentou que há a possibilidade de a presidente fazer sua própria
defesa no julgamento final do processo de impeachment, que ocorrerá no Plenário
do Senado, sob o comando do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Ricardo Lewandowski.
"Eu só acho que o relator, o senador Anastasia, vai ter muita
dificuldade em cumprir a ordem do partido dele, talvez ele cumpra. Mas vai ter
muita dificuldade, porque é difícil dizer que exista alguma situação que
permita a sustentação, com validade, desse impeachment", disse.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) informou que senadores que apoiam
Dilma entregarão um voto em separado à Comissão de Impeachment, em contraponto
ao voto que será apresentado pelo relator na Comissão do Impeachment, o senador
Antonio Anastasia (PSDB-MG).
A senadora disse ainda que vai requerer que a comissão colha o
depoimento do procurador da República Ivan Claudio Marx, que determinou o
arquivamento da investigação criminal que apurava se o atraso nos repasses do
governo ao BNDES, as chamadas “pedaladas fiscais”, configuraram crime. Gleisi
Hoffmann afirmou que pedirá o depoimento do procurador antes da leitura do voto
de Anastasia, que está agendado para a terça-feira (2).
As alegações finais da defesa de Dilma serão agora analisadas pelo
relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que deverá apresentar
seu parecer sobre o processo até o dia 2 de agosto, quando o relatório será
lido na comissão processante.
Acesse aqui a íntegra das alegações finais.
Brasil247
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