Michel Temer fará uma
visita “clandestina” à Argentina no próximo mês. O país vizinho alegou que não
poderá recebê-lo com status de chefe de Estado porque ele se recusa a visitar o
Congresso e o Senado, onde os deputados e os senadores rechaçaram o golpe no Brasil
contra Dilma Rousseff.
Na Argentina, manifestantes rechaçam o golpe
no Brasil.
Depois de se ausentar do encerramento
das Olimpíadas para não ter de ouvir as vaias da população, agora Temer se
esconde de seus opositores no país vizinho. Em seu discurso na 71ª Assembleia
Geral da ONU, na semana anterior, exaltou o processo de impeachment, mas não
vai encarar de frente quem fez questão de deixar claro que discorda desta
afirmação.
Maurício Macri, da Argentina, foi um dos primeiros
presidentes a reconhecer o governo de Temer depois do golpe. Assim como seu
Legislativo foi o primeiro a fazer um protesto incisivo contra a destituição de
Dilma.
Para evitar ter de “fugir” dos parlamentares
argentinos, Temer vai chegar ao país numa segunda-feira, dia que não há sessão
no Parlamento. Para tentar amenizar a situação, a chanceler argentina, Susana
Malcorra, disse em entrevista à golpista Folha de S. Paulo que não haverá tempo para
preparar uma visita de Estado ao presidente brasileiro.
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