Práticas consideradas
ilegais pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e que foram usadas como base
para o impeachment de Dilma Rousseff chegaram a ser defendidas pelo próprio
governo Temer, o que comprova que a acusação contra Dilma foi apenas um
pretexto para afastá-la da presidência; relatórios técnicos elaborados por
órgãos do atual governo defendem a regularidade de práticas como as
"pedaladas fiscais"; os relatórios foram encaminhados à defesa de
Dilma pelo então advogado-geral da União de Temer, Fábio Medina Osório, demitido
ontem por ações que estavam desagradando o Planalto; as notas técnicas faziam
parte da colaboração do governo Temer com a defesa de Dilma no processo de
impeachment, o que havia sido acordado com o então chefe da AGU em junho
Pareceres produzidos por órgãos do governo de Michel Temer defenderam
práticas contábeis que foram consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas
da União (TCU), entre elas as "pedaladas fiscais", base da denúncia
que culminou no impeachment de Dilma Rousseff.
O posicionamento consta em relatórios
técnicos encaminhados à defesa de Dilma pelo então advogado-geral da União de
Temer, Fábio Medina Osório, demitido ontem por ações que estavam desagradando o
Planalto. Em entrevista logo após sua saída da AGU, ele confirmou a tese de
Romero Jucá de que o governo Temer quer abafar a Lava Jato.
As notas técnicas produzidas por órgãos da gestão de Temer, quando Dilma
estava afastada temporariamente há mais de 40 dias do cargo, faziam parte da
colaboração do governo com a defesa da então presidente no processo de
impeachment, um acordo que foi assinado entre Fábio Medina Osório, Dilma e o
advogado e professor Ricardo Lodi, que auxiliava Dilma na defesa.
O fato foi
divulgado em reportagem de Vinicius Sassine, do Globo, que cita: "Parte
das notas técnicas produzidas já no governo Temer defende que atos da gestão de
Dilma são regulares. Há relatórios neste sentido produzidos por áreas técnicas
do Banco Central, do Ministério do Planejamento e do Ministério da Fazenda.
Esses pareceres são citados na defesa de Dilma, protocolada no TCU".
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