O preço dos combustíveis é resultado da nova política que veio com Pedro
Parente: a entrega do Pré-Sal, o preço atrelado ao dólar, a renúncia fiscal de
1 trilhão de reais em favor das petroleiras que se apossaram do nosso petróleo.
Ainda mais, o preço atrelado às variações internacionais do mercado pode subir
todos os dias.
Mas, o mundo especulativo tende a esquecer a economia real e tudo que
parece sólido em poucos dias se desmancha na bomba de gasolina. Espremido pelos
preços, os empresários de transportadoras puseram seus caminhões para bloquear
as pistas. Em poucos dias o país ficou desabastecido de combustível,
alimentos, gás de cozinha, remédios, etc. Tudo que depende de transporte pode
travar, inclusive as companhias aéreas que dependem do querosene para abastecer
suas aeronaves.
É só nesses momentos que as pessoas entendem que o mercado é uma
abstração, que pode muito, mas não pode suprir as necessidades básicas da
economia real.
Mas, esse é só o começo. Um país golpeado, que volta todas as suas
políticas para satisfazer o mercado e sacrificar o povo não tem a mínima
viabilidade. Aí não adianta ter juízes, empresários, mídias, multinacionais e
generais pressionado nos bastidores. Milhões de insatisfeitos inviabilizam
qualquer governo.
É só a economia real que abastece as necessidades cotidianas de um povo.
Ou quem manda nesse país se reconcilia novamente com o povo, refazendo as
políticas nefastas que sacrificam a população, ou iremos ao caos sem que haja
qualquer possibilidade de um salvador da pátria.
Roberto Malvezzi (Gogó) agente da
Comissão Pastoral da Terra, Juazeiro, BA.
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