A próxima novela de João Emanuel Carneiro, Segundo Sol,
se passa na Bahia, mas não há atores negros em seu núcleo principal. Pelo
contrário, os protagonistas são os atores Emílio Dantas, Vladimir Brichta,
Giovanna Antonelli e Adriana Esteves.
Para além dos protagonistas, não há representatividade
negra proporcional à quantidade de atores.
Dos 26 nomes que participam do folhetim global, apenas
três são negros. Desses, somente o ator Fabrício Boliveira aparece nas chamadas
divulgadas pela emissora.
A nova trama novelesca de João Emanuel Carneiro,
responsável por sucessos como Avenida Brasil e A Regra do Jogo, se passa na
Bahia onde, segundo dados do IBGE divulgados em 2013, 76% dos habitantes se
declaram pretos ou pardos, sendo que Salvador é a cidade brasileira com a maior população negra fora da África e a Bahia é o estado brasileiro que registrou o maior índice de cidadão que declararam pretos: 17, 1%.
A
repercussão da ausência de atores negros no elenco principal da novela Segundo
Sol chamou atenção do Ministério Público do Trabalho. Nesta sexta-feira
(11), o órgão enviou por meio da Coordenadoria Nacional de Promoção de
Igualdade de Oportunidade e Eliminação da Discriminação no Trabalho uma
notificação à Globo.
A Globo não estaria representando a diversidade racial da Bahia, onde se passa a novela. O texto do Ministério Público recomenda a emissora que sejam feitas mudanças no roteiro e na produção para “assegurar a participação de atores e atrizes negros e negras de forma que represente a diversidade étnico-racial da sociedade brasileira”.
Depois
da repercussão, a Globo admitiu em nota ter “uma representatividade menor do
que gostaríamos” e que a representação seria discutida ao longo da novela.
“O fato de se passar na Bahia, nos traz muitas oportunidades e, sem
dúvida, reflexões sobre diversidade na sociedade”.
Observe que além dos crimes de racismo, também há a conduta chamada de injúria racial (artigo 140 do Código Penal), que se configura pelo ato de ofender a honra de alguém valendo-se de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem. A injúria racial se dirige contra uma pessoa específica, enquanto o crime de racismo é dirigido a uma coletividade.
Além de registrar a ocorrência em delegacia, também é possível denunciar os casos por meio do telefone. As vítimas podem ligar no número 156 e escolher a opção 7. O serviço funciona de segunda a sexta das 7h às 19h. Aos sábados, domingos e feriados o horário de expediente é das 8h às 18h.
Observe que além dos crimes de racismo, também há a conduta chamada de injúria racial (artigo 140 do Código Penal), que se configura pelo ato de ofender a honra de alguém valendo-se de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem. A injúria racial se dirige contra uma pessoa específica, enquanto o crime de racismo é dirigido a uma coletividade.
Além de registrar a ocorrência em delegacia, também é possível denunciar os casos por meio do telefone. As vítimas podem ligar no número 156 e escolher a opção 7. O serviço funciona de segunda a sexta das 7h às 19h. Aos sábados, domingos e feriados o horário de expediente é das 8h às 18h.
Muita gente deixa passar, não dá queixa, não faz
nada. Mas é o certo denunciar.
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