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Ameaçado de morte, Jean Wyllys deixa o Brasil e desiste do terceiro mandato de deputado federal

1/24/2019




A assessoria do deputado  Jean Wyllys (PSOL-RJ) informou que ele tem recebido ameaças e, por isso, decidiu não assumir o terceiro mandato parlamentar. 

A posse dos deputados federais eleitos está marcada para 1º de fevereiro. 

"É quase um milagre que ele ainda esteja vivo, haja vista a violência das milícias espalhadas pelo Rio e as execuções de pessoas associadas a direitos humanos que se multiplicam nessa ditadura tosca, vagabunda e violenta que é o Brasil de Bolsonaro." disse o jornalista Gustavo Conde.

De acordo com a assessoria de Jean Wyllys, o volume de ameaças contra o deputado aumentou após o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), em março do ano passado.

O parlamentar precisa andar de carro blindado e com escolta de seguranças armados.

"Aumentou a situação de violência, de seguidores do atual presidente [Jair Bolsonaro] que fazem todo tipo de xingamento e ameaças nas redes sociais contra Jean Wyllys. Isso criou uma situação cada vez mais difícil. 

Antes do assassinato da Marielle,  ele já vinha recebendo ameaças muito pesadas, inclusive direcionadas não só a ele, mas também à família. E-mails falando endereço da mãe, endereço da irmã, da família".

Jean Wyllys está no exterior, mas o local não será informado por questão de segurança.

O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou que  a  situação do país é realmente muito grave, e a gente tem defendido que a resistência democrática no país é necessária. O Jean era e ainda é uma voz nesse processo de resistência democrática”, afirmou o presidente do PSOL. "A decisão dele é de caráter pessoal".

Juliano disse lamentar a decisão de Jean Wyllys porque o partido preferia que ele continuasse na bancada. Mas ressaltou que o partido compreende e se solidariza com o deputado.

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