Sessenta e cinco dias após ter sido eleito, Jair
Messias Bolsonaro assume a Presidência da República, em uma cerimônia marcada
para o início da tarde de hoje (1º), com atos no Congresso Nacional, no Palácio
do Planalto e no Itamaraty. Acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, o
presidente eleito deixará a Granja do Torto, por volta das 14h10, seguindo para
a Catedral de Brasília, na Esplanada dos Ministérios, onde se encontrará com o
vice-presidente Hamilton Mourão.
A posse terá um esquema de segurança reforçado, o maior para uma cerimônia
presidencial. Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro sofreu um ataque à faca,
um dos motivos para a segurança reforçada. Desde sábado (29), carros e outros
veículos não podem circular na Esplanada dos Ministérios, onde ocorrerá a
cerimônia. Quem quiser assistir à posse terá que descer a Esplanada a pé. Não
serão permitidos o acesso com bicicletas, skates e patins, por exemplo.
Outros itens proibidos para levar para posse:
guarda-chuva, objetos cortantes, máscaras, carrinhos de bebês, fogos de
artifício, bebidas alcóolicas, garrafas, sprays, bolsas e mochilas.
Quatro linhas de revistas serão montadas a partir
da Rodoviária do Plano Piloto, com fiscalização manual da Polícia Militar.
Detectores de metais também serão usados ao longo do percurso. A população só
poderá passar pelas barreiras com frutas e pacotes de biscoitos,
preferencialmente em sacola transparente.
A navegação no Lago Paranoá também será limitada,
assim como há um esquema especial para defesa aérea e o controle de tráfego
aéreo na capital federal.
A previsão é que 250 mil até 500 mil acompanhem a posse na Esplanada. Mais de 2,6 mil policiais militares trabalharão na região, junto com agentes do Exército, Polícia Federal, Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e Detran.
O aparato militar ainda inclui 12 mil policiais, agentes infiltrados
no público e mísseis antiaéreos.
Hoje, há nas avenidas de Brasília uma ostentação
militar inadequada numa democracia. Esse rigor remete a imagens do passado,
imagens sombrias de 1964.
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