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FALTA DE REMÉDIOS E INCOMPETÊNCIA COLOCAM EM RISCO A VIDA DE MILHARES DE PESSOAS NO BRASIL

5/20/2019




De 134 drogas que são distribuídas pelo Ministério da Saúde, 25 já estão com estoques zerados. Pelo menos quatro destas são para atender trasplantados, para evitar a rejeição do órgão pelo organismo, o que pode levar à perda do órgão adquirido para o procedimento.
Para evitar a ameaça de morte a milhares de pessoas transplantadas que dependem das medicações, o Ministério Público Federal moveu uma ação alertando o Ministério da Saúde.
No dia 9 de abril de 2019, o juiz federal Paulo Cezar Duran determinou que o ministério resolva o problema.
O médico e professor adjunto de Nefrologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Edison Régio, comentou:
"Todas as pessoas quando recebem órgãos, pela diferença genética entre doador e receptor, necessitam tomar medicamentos imunossupressores, normalmente dois dias antes da cirurgia, e essa medicação se estende por toda a vida do paciente", explica Regio.
Segundo ele, qualquer órgão que é transplantado exige o uso da medicação e quando isso não ocorre num período de até 48 horas começa o risco da rejeição do órgão.
"No caso do [transplante de] rim, o paciente perde o enxerto e volta para a máquina [hemodiálise]. É terrível. No caso do coração, fígado e pulmões, o paciente morre se faltar a medicação imunossupressora".
Embora ameace a vida das pessoas, o desabastecimento não é inédito no Brasil, diz o médico que lida com transplantes de rins há 35 anos.
A falta da medicação leva à suspensão da cirurgia para quem está na fila, pronto para receber o órgão. De 80 a 90% dos pacientes que fazem transplantes realizam por meio do SUS, que também disponibiliza o medicamento via Ministério da Saúde às secretarias estaduais de Saúde.
"No momento existe de 30 mil a 40 mil pacientes com órgãos funcionando, rins, pulmões, corações, fígado, tecidos também, como córneas, ossos e pele. Existe também uma fila de 40 mil pacientes aguardando por esses órgãos", alerta.

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