A maioria dos desembargadores da Sexta Câmara Cívil do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu manter condenação do presidente Jair Bolsonaro por declarações homofóbicas e racistas feitas em 2011.
Após a decisão em primeira instância da Justiça do Rio, Bolsonaro entrou com embargos no tribunal. Por três votos a dois, os desembargadores decidiram manter a condenação e a pena aplicada.
Bolsonaro foi condenado a pagar R$ 150 mil, por danos morais, ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDDD), do Ministério da Justiça.
Em entrevista ao programa CQC, da Band, Bolsonaro foi questionado sobre o que faria se tivesse um filho gay, e afirmou que isso não aconteceria com ele porque seus filhos "tiveram boa educação".
Em outro momento, perguntado pela cantora Preta Gil sobre como reagiria se um de seus filhos se apaixonasse por uma mulher negra, respondeu: "Eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco. Meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o seu".
Bolsonaro ainda chegou a afirmar que não viajaria em um avião pilotado por um cotista. "Todos nós somos iguais perante a lei. Eu não entraria em um avião pilotado por um cotista, nem aceitaria ser operado por um médico cotista", emendou.
A ação foi movida pelo Grupo Diversidade Niterói, Grupo Cabo Free de Conscientização Homossexual e Combate à Homofobia e Grupo Arco-íris de Conscientização.
Em entrevista à Luciana Gimenez, apresentadora da RedeTV, exibida na última terça, Jair Bolsonaro afirmou que racismo é "coisa rara" no Brasil. "No Brasil é uma coisa rara o racismo. O tempo todo tentam jogar o negro contra o branco", disse.
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