Homens e mulheres traem em proporções parecidas. Eles culpam a si mesmos, e elas os culpam também.
Nos primeiros capítulos de “Passione”, novela da Rede Globo, a personagem Stela, de Maitê Proença, saía pelas ruas à procura de sexo sem compromisso fora do casamento. No início da história, não havia nenhuma preocupação em tentar explicar ou justificar o fato de a personagem trair o seu marido. Com o passar do tempo, no entanto, cenas em que o companheiro de Stela a ignora, passa longe da intimidade e a trata de forma grosseira ganharam espaço. A trama agora foge da hipótese de uma mulher trair simplesmente porque quer. A culpa, cedo ou tarde, será do homem.
O discurso sobre infidelidade de “Passione” reflete muito do que pensam os brasileiros. Quando a antropóloga Mirian Goldenberg entrevistou 1.279 homens e mulheres de classe média carioca para seu livro “Por que homens e mulheres traem?”, uma coisa ficou clara: quando os homens traem, eles atribuem a infidelidade à questões relacionadas à masculinidade; quando as mulheres traem, elas justificam apontando faltas do parceiro. Ou seja, independentemente de quem trai, a culpa sempre recai sobre o homem.
Informações Folha da Bahia:
Nos primeiros capítulos de “Passione”, novela da Rede Globo, a personagem Stela, de Maitê Proença, saía pelas ruas à procura de sexo sem compromisso fora do casamento. No início da história, não havia nenhuma preocupação em tentar explicar ou justificar o fato de a personagem trair o seu marido. Com o passar do tempo, no entanto, cenas em que o companheiro de Stela a ignora, passa longe da intimidade e a trata de forma grosseira ganharam espaço. A trama agora foge da hipótese de uma mulher trair simplesmente porque quer. A culpa, cedo ou tarde, será do homem.
O discurso sobre infidelidade de “Passione” reflete muito do que pensam os brasileiros. Quando a antropóloga Mirian Goldenberg entrevistou 1.279 homens e mulheres de classe média carioca para seu livro “Por que homens e mulheres traem?”, uma coisa ficou clara: quando os homens traem, eles atribuem a infidelidade à questões relacionadas à masculinidade; quando as mulheres traem, elas justificam apontando faltas do parceiro. Ou seja, independentemente de quem trai, a culpa sempre recai sobre o homem.
Informações Folha da Bahia:
1 comentários:
É muito conveniente se debater esse assunto, principalmente em Xiquexique, onde, como já disse, com muito ironia, é verdade, que todo homem é viado ou corno e toda mulher é puta. A traição é algo que machuca muito as pessoas envolvidas, porque representa sobretudo o rompimento de laços de confiança. E a traição conjugal não deve servir como argumento social e político para desqualificar qualquer pessoa: primeiro porque se refere à vida íntima das pessoas e ao lado afetivo; depois porque qualquer ser humano está sucetível a isso, independentemente de sua vontade, já que é praticado por terceiras pessoas. Eu, por exemplo, se fosse traído não teria vergonha nenhuma, pois isso só desmerece o próprio traidor, que perde toda a moral e confiança das outras pessoas.
26/6/10 09:05Postar um comentário
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