Pesquisar no blog!




Escolha de novo líder na Assembleia vira dor de cabeça para o governo

11/05/2010

A nova legislatura na Assembleia Legislativa ainda nem começou, mas a definição do novo líder do governo na Casa já é motivo de grande preocupação. Fontes governistas revelaram ao Política Livre que desde muito antes de viajar esta semana para a Argentina, onde descansa com a primeira-dama, Fátima Mendonça, o governador Jaques Wagner (PT) já queimava as pestanas sobre quem escolher para o posto.

A necessidade surgiu com a eleição do atual líder, Waldenor Pereira, do PT, para a Câmara dos Deputados. Por conta da inexperiência com que assumiu a tarefa, no início do governo atual, Waldenor passou por um estágio duro na atividade, só superado a contento por conta do grande auxílio que recebeu do presidente da Assembleia, o deputado governista Marcelo Nilo (PDT).


A experiência com Waldenor seria o principal fator a desencorajar Wagner a apostar num nome novo do PT para assumir a responsabilidade. Sem conhecimento do regimento do Legislativo, a tarefa pode se tornar igualmente penosa para o parlamentar escolhido, apesar de a larga maioria do governo na Assembleia ser um sinal de que ele poderá navegar em águas menos turbulentas do que faria na atual legislatura.


As opções à disposição, formadas por petistas mais experientes, tampouco estariam contentando o governador. Num rápido checklist feito na semana passada, acompanhado de auxiliares do governo, Wagner teria riscado da relação rapidamente Paulo Rangel, atual líder do PT, Yulo Oiticica, Neusa Cadore, Zé Neto e J. Carlos. Sequer empolgou-se com a sugestão do nome do comunista Álvaro Gomes.


O governador teria usado como justificativa genérica para o veto à relação uma expressão: “sem perfil”. O que não deixa de ser uma forma de não descer a detalhes sobre a restrição a nenhum deles. O segundo problema – computada a perda do atual líder para a Câmara dos Deputados – começaria exatamente aí. Sem empolgação por nenhuma das ofertas disponíveis, a escolha emperrou.


A alternativa, teria dado um auxiliar do governador que faz a ponte permanente com o Legislativo, seria talvez nomear um governista que não pertença ao PT. Depois de uma profundo levantamento na Casa, teria se chegado ao nome de Paulo Câmera, do PDT. De novo, os auxiliares viram o governador desanimar-se, possivelmente antevendo a reação à escolha em seu próprio partido.


Ainda que difícil, a escolha do novo líder, que assumirá junto com a nova legislatura, em 2 de fevereiro do próximo ano, não poderá ser postergada por muito tempo. Tendo como principal característica poder de articulação, o parlamentar que assumir o papel precisará entrar em campo já para se relacionar, por exemplo, com a turma que pretende aderir ao governador e não sabe ainda com quem conversar na Assembleia.


Política Livre

0 comentários:

Postar um comentário

Os comentários serão de responsabilidade dos autores. podendo responder peço conteúdo postado!