A contratação temporária de pessoal pela Prefeitura de Salvador disparou
nos últimos anos e cresceu 83% entre 2008 e 2009. Além disso, voltaram a
crescer os gastos com terceirizados, que haviam caído em 2008.
Os dados constam da prestação de contas da prefeitura relativa a 2009,
rejeitada na quinta-feira, 9, pelo Tribunal de Contas dos Municípios
(TCM). Na análise das contratações temporárias, o TCM avaliou que são
uma “clara indicação da admissão de pessoal sem o necessário e o
indispensável concurso público”, escreveu o conselheiro Plínio Carneiro
Filho, relator do processo.
Na rubrica dos terceirizados, o montante das despesas é ainda maior.
Esses funcionários totalizaram um gasto de R$ 189,9 milhões em 2009.
Superior aos R$ 177 milhões de 2008, mas não chega a ser maior que os R$
217 milhões gastos em 2007.
O principal problema deste tipo de contratação é a falta de
transparência. “Os terceirizados são uma verdadeira caixa-preta. A
prefeitura divulga o valor total gasto, mas não sabemos o número de
funcionários nem o que fazem”, critica Gustavo Mercês, diretor do
Sindicato de Servidores da Prefeitura (Sindseps).
A maior parte das terceirizações são para atividades-meio: limpeza,
segurança ou coisas do gênero. Alguns desses casos foram criticados pelo
TCM, por terem sido contratações sem licitação.
Nova nota - Ainda tentando debelar a crise instalada na
prefeitura após a rejeição da prestação de contas pelo TCM, a
Secretaria de Comunicação soltou nesta sexta, 10, mais uma nota
explicando o caso.
“No caso dos recursos para a educação, que teria sido repassados abaixo
do percentual mínimo de 25%, a Prefeitura levou em conta a Lei 4320 e a
Portaria 577 da Secretaria do Tesouro Nacional. Conforme esse critério,
seriam contabilizadas no exercício de 2009 as despesas efetivamente
feitas no mês de dezembro e processadas em janeiro de 2010, o que
elevaria a aplicação em educação para mais de 25%. O TCM não considerou
no cálculo os restos a pagar de 2009 processados e pagos no ano
seguinte.”
Já o caso do secretário de Reparação, Aílton Ferreira, que teria
recebido salário maior do que deveria, “não passa do pagamento de uma
diferença salarial. Como era subsecretário e foi nomeado secretário em
maio de 2009, recebeu salário daquele mês com base na remuneração
anterior. A diferença, relativa aos 17 dias como secretário nomeado, foi
paga na folha do mês seguinte.”
A Tarde
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