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Alegando seca, Wagner pede dispensa de licitação para obras de Mirorós

3/01/2012

A situação crítica de 14 municípios na região de Irecê, atingidos pela seca prolongada e pelo consequente nível baixo das águas na Barragem de Mirorós, foi o tema da reunião entre o governador Jaques Wagner (PT) e o presidente do Tribunal de Contas da União, Benjamin Zymler, hoje, em Brasília. O governador alertou ao TCU sobre a necessidade de que a terceira etapa da obra de construção da adutora seja iniciada o quanto antes e, para isso, é necessário que haja dispensa de licitação. “O caráter emergencial justifica a dispensa”, explicou o governador. Ele lembrou que “são 350 mil pessoas, de 14 municípios, que podem ficar sem água, em razão da falta de chuvas na região de Irecê”.

Zymler disse que o TCU é sensível à situação e propôs que seja feita uma reunião emergencial entre o Tribunal, a Agência Nacional de Águas, a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e da Embasa para tratar da questão. Técnicos do TCU sobrevoarão a área da barragem e, após a decretação do estado de emergência nos municípios afetados, a dispensa de licitação poderá ser autorizada. Concessões idênticas foram feitas recentemente aos estados do Rio de Janeiro, Alagoas e Pernambuco.

O nível de Mirorós chegou a 8,62% de sua capacidade. São 14,4 milhões m³ de água significando apenas três meses de reserva, principalmente pela manutenção das altas temperaturas na região que aceleram a evaporação. O governador da Bahia também esteve com a ministra Mirian Belchior, do Planejamento, a quem solicitou gestões junto à Caixa Econômica Federal para a liberação de R$ 60,5 milhões para a conclusão das obras. A primeira etapa, iniciada há três anos, está finalizada. Como a segunda está em andamento a intenção do governador é que a terceira seja feita concomitantemente a esta. Wagner ainda conversou com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra.

Política Livre

3 comentários:

Lesado da indústria da seca disse...

Ai tem coisa nesta "pressa" do governador!
A estiagem existe e a falta d'água em Mirorós e eminente, mas, não precisa dessa pressa toda para liberar recursos, mesmo porque a água de Xique-Xique até Irecê, mesmo com recursos alocados, demorá mais de 2 anos para sua conclusão.
O que está evidente na iniciativa do governo é uma manobra para contratar empresas sem licitação e aí fortes indícios de desbio de dinheiro, corrupção, apadrinhamento político e outras ações maléficas que o pessoal do PT costuma fazer com o nosso dinheiro.
Isso ainda vai dá muito o que falar.
O ministério público está aí!
Os deputados da oposição também!

1/3/12 13:26
Anônimo disse...

Não tenho dúvidas quanto a necessidade da realização das obras para resolução dessa problemática.
É necessário lembrar porém, que o objetivo da construção da barragem de Mirorós era primordialmente o abastecimento das cidades circunvizinhas para desta forma amenizar a problemática histórica da falta de água desses municípios. Entretanto, esse objetivo foi desviado para o uso agrícola, o que comprometeu a capacidade de abastecimento do reservatório de Mirorós. Não tenho dúvidas que este uso impulsionou grandemente a economia destas cidades, mas é preciso ter em mente que de acordo com a própria constituição federal, o uso da água em situação emergenciais deve ser prioritariamente para a dessedentação humana, fato este que não observado, ocasionando na atual situação.

1/3/12 14:54
Robson vieira disse...

Os governos nunca se preocuparam com isso, agora é tarde pra tanta correria.

Ou será que o governador ta vendo acoisa feia pra Zé das Virgens, na eleição deste ano e quer reverter o quadro.

1/3/12 21:54

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