Em discurso na quarta-feira (21), o senador João Durval (PDT-BA) alertou para a necessidade de o governo ampliar a utilização do potencial brasileiro de energia solar. O senador apresentou estudo do Instituto de Termodinâmica do Centro Aeroespacial da Alemanha, de 2006, que concluiu pela necessidade de garantir até 2050 uma participação de 80% na matriz energética para as fontes renováveis, com destaque para as fontes solar, eólica e hídrica.
– Agora que fazemos parte do grupo de países emergentes e com novos patamares de crescimento econômico, precisamos aumentar rapidamente a geração de energia e investir com vigor na pesquisa, no financiamento e na produção de energias alternativas, atualizando a nossa matriz energética, para não corrermos o risco de racionamento e de estrangulamento do setor produtivo – sugeriu Durval, ressaltando que o Brasil se tornou recentemente a sexta economia do mundo.
O senador ressaltou que, nesse aspecto, o Brasil apresenta grandes vantagens em comparação com a maioria dos países desenvolvidos ou emergentes. No caso específico da energia solar, o país tem a maior área territorial dos trópicos, recebendo grande quantidade de irradiação solar, lembrou.
Citando o pesquisador Ricardo Rüther, da Universidade Federal de Santa Catarina, Durval disse que Florianópolis, “o lugar menos ensolarado do Brasil”, recebe 40% mais energia solar do que o lugar mais ensolarado da Alemanha.
– Imaginem o restante do país. O nordeste brasileiro, com uma grande área semiárida, clima quente, baixíssimo índice pluviométrico, pouca incidência de nuvens e elevada incidência de radiação solar, é uma região com características plenamente favoráveis à implantação de usinas de geração solar – observou.
O senador citou projeto de implantação de usina solar no município baiano de Xiquexique, pelo grupo italiano Enel Green Power, e a experiência pioneira do grupo EBX no município cearense de Tauá, em funcionamento desde o final de 2011.
João Durval também mencionou acordos fechados pela empresa brasileira Braxenergy para implantar usinas geradoras de energia termo-solar na África do Sul e no Peru.
– A energia elétrica derivada da fonte solar é a maior garantia de um abastecimento perene no futuro; é também a garantia para o tão almejado crescimento sustentável de nossa economia. Especialmente no nordeste brasileiro representa oportunidade única, onde se unirá tanto as condições técnicas ideais para esse tipo de energia como a oportunidade de desenvolver social e economicamente uma área carente de oportunidades que é o sertão do país – disse.
Agência do Senado
1 comentários:
Se tivessemos formados engenheiros e investido nos seus projetos, teriamos criado as próprias usina, não gastando caro e não ficando dependentes de tecnologias estrangeiras!
28/3/12 10:15Vamos fazer as crianças e os jovens gostarem de matemática, física, química e biologia, professores de Xiquexique. Precisamos de pessoas interessadas nessas áreas, que são as áreas que enriquecem um povo.
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