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No mercado de trabalho chegou a vez das empregadas domésticas

4/12/2012


Quem já precisou de uma empregada doméstica nas grandes cidades brasileiras conhece o drama que é a busca por mão de obra, cada vez mais escassa e cara. Seja pelos classificados nos jornais, nas agências de emprego ou pelo boca a boca, a oferta de vagas tem crescido acima do número de profissionais. Nas agências que trabalham com recrutamento surgem todos os dias muitas solicitações de donas de casa em busca de mensalistas e diaristas, mas poucas vagas são preenchidas.

Cada vez mais raras, as empregadas que trabalham em uma só residência têm a oportunidade de cobrar salários melhores. "No geral, acima de R$ 750,00 a R$ 800,00". As diaristas também reajustaram seu dia de trabalho: poucas são as que cobram menos de R$60,00. E como a faxina, normalmente, é separada dos cuidados com a roupa, muitas famílias acabam empregando mais de uma profissional, o que engrossa ainda mais o número de vagas.

Mas o problema que leva dor de cabeça a muitos lares das Capitais é um indicativo extremamente positivo para a economia como um todo.  Uma série de fatores explica a crescente falta de mão de obra doméstica e o aumento da renda da população, em especial da classe média, é a primeira delas. Com o maior ganho das famílias, mais lares passam a demandar o serviço de profissionais do lar.

Além disso, a ascenção social daqueles que se submetiam a serviços domésticos permite que eles invistam em novas carreiras, no comércio e na indústria, setores em expansão nos últimos anos e com grande absorção de mão de obra. "A oportunidade de emprego é enorme hoje. Com um curso de informártica ou nem isso, elas conseguem trabalho como caixa de supermercado, atendente decall center, vendedora.

A mudança no mercado das domésticas permitiu um avanço, inclusive, nas relações trabalhistas. Como sobram vagas, cada vez menos elas se submetem a humilhações, como já foi muito comum. Entretanto, ainda há muito que se avançar nesta questão, Ainda existem muitas domésticas que vão aos sindicatos reclamar de discriminação e até agressão.

Em muitos casos, até a alimentação é precária. Muitas patroas ainda massacaram suas "secretárias" há falta de profissionalismo por parte de muitos patrões que pioram a fama ruim do mercado. Eles têm que entender que o trabalho em casa deve funcionar como uma empresa. É preciso ter paciência no tempo de adaptação, ter maleabilidade de não exigir que a empregada seja boa em todos os quesitos e, se for o caso, investirem treinamento.

1 comentários:

Anônimo disse...

Aqui em Xique-Xique nem Reinaldinho paga o salário mínimo pras empregadas dele.

12/4/12 10:06

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