O gesto ríspido do advogado Ademir Ismerim demonstra o clima tenso no TRE-BA no dia do registro de candidaturas |
Paralisação de servidores, tumulto, ofensas, apitaços e sistema informatizado fora do ar marcaram quinta-feira passada o último dia de registro dos partidos e coligações majoritárias e proporcionais para disputar as eleições municipais deste ano no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA).
De um lado, os candidatos ou advogados representando os partidos tentando registar as candidaturas para dar início à campanha, que, pelo calendário eleitoral, começou na sexta, 6. Do outro, servidores da Justiça Eleitoral em movimento grevista, de âmbito nacional, reivindicavam a aprovação do plano de cargos e salários pelo Congresso Nacional e impediam a entrada dos representantes partidários.
No empurra-empurra para barrar a entrada dos que chegavam, teve até gesto obsceno do advogado Ademir Ismerin, da coligação "É hora de defender Salvador" (DEM, PSDB, PPS, PV e PTN), do candidato ACM Neto (DEM).
“Fiquei nervoso”, admitiu. “Eu queria entrar, sem documentos, só para saber os procedimentos e fui impedido. Houve início de violência”, alegou. Não é a versão dos grevistas. “Ele chegou empurrando os servidores”, disse o coordenador de formação política do Sindjufe-BA, Frederico Barbosa. Outra advogada do DEM, Lilian Reis, bateu boca com servidores. Ela argumentou que foi provocada.
Na prática, os partidos apenas entregaram documentos a diretores e secretários do TRE e saíram de lá com comprovante de que cumpriram o prazo. Todas as candidaturas seriam registradas, afirmou um representante do TRE.
Com a paralisação em Brasília, o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ficou fora do ar. Aquela altura somente a coligação "Salvador Tem Jeito" (PMDB, PSC), do candidato Mário Kertész, aparecia no site do TSE. O PMDB registrou na quarta-feira (4).
O detalhe é que, sem registro de candidatura, os partidos não podem ter acesso ao CNPJ para abrir conta de campanha e arrecadar doações ou efetuar pagamentos. O problema maior será para o TRE, que terá de conferir documentos, lançar no sistema e deferir cerca de 1,3 mil processos de candidaturas até 45 dias antes das eleições.
Fonte: blog rapazoi
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