Pesquisar no blog!




Propaganda eleitoral: Ainda há tempo para mudanças estratégicas

9/19/2012


Desde o ano de 1985, os partidos políticos brasileiros começaram a dar enorme valor ao horário eleitoral gratuito, pois até então, com a Lei no. 6.339, a famosa Lei Falcão de 1° de julho de 1976, as legendas estavam limitadas a exibir apenas as fotos dos candidatos, partidos, horário e local dos comícios, ou seja, uma propaganda estática.

Hoje, com um cenário pautado pelo avanço tecnológico, as propagandas políticas ganharam lugar de destaque nas campanhas. Apesar disso, alguns políticos tentam minimizar a importância do tempo que tem no rádio e na televisão, mas brigam com unhas e dentes para unir em torno de suas candidaturas um grande leque de coligações, a fim de obterem maior tempo na propaganda eleitoral. A seguir, alguns exemplos:

O Horário eleitoral é gratuito apenas para os partidos. Na verdade, a Legislação Eleitoral prevê a compensação fiscal para as emissoras de rádio e TV, regulamentada pelo Decreto nº 5331/2005. A Receita Federal compensa as emissoras, com dedução de até 80% do que ganhariam com a comercialização daqueles horários. Esta compensação chegou à cifra de R$ 1 bilhão na campanha presidencial de 2010. E esses recursos saem dos cofres públicos, ou seja, do próprio cidadão brasileiro.

Se o candidato que dispuser de maior tempo tiver que se defender, por exemplo, dos ataques dos adversários, explicar os projetos que não cumpriu ou a má avaliação do governo seu ou de um padrinho político, certamente não se dará bem na eleição. Também perde pontos quem inclui muitos clipes, depoimentos em excesso ou vinhetas repetitivas e conteúdo fraco.

Dificilmente candidatos a cargo majoritário alcançarão êxito numa primeira eleição, se dispuserem de pouco tempo no horário eleitoral gratuito. Casos de sucesso como o de Enéas - que com apenas 17 segundos na TV criou o bordão 'Meu nome é Enéas' e conseguiu arregimentar cerca de 360 mil votos na eleição presidencial de 1989 - acontecem raramente e normalmente são provenientes de manifestações de protesto popular.

O bom programa é aquele que tem foco nas propostas do candidato, com expressões simples e claras, e que atenda aos anseios dos eleitores. Um recurso bom para se utilizar, são as comparações didáticas. Saber 'vender esperança' para que o eleitor encare como sinceras as propostas também é algo muito valioso numa campanha no rádio e na TV.

 Fonte: Agência Estadão

0 comentários:

Postar um comentário

Os comentários serão de responsabilidade dos autores. podendo responder peço conteúdo postado!