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Imprensa peruana incentiva ódio e racismo

2/16/2014


Os insultos racistas dirigidos pela torcida peruana ao volante Tinga, do Cruzeiro, em Huancayo, na partida contra o Real Garcilaso, pela Copa Libertadores, surpreendeu a muitos brasileiros, mas o fato é que ofensas parecidas já se tornaram rotina em jogos envolvendo clubes e a seleção do Equador quando vão ao Peru. E o pior é que o mau exemplo vem da imprensa esportiva. Como grande parte da população equatoriana é negra, diários peruanos se referem à seleção do país vizinho como “monos”, macacos em espanhol.

No ano passado, antes da partida decisiva pelas Eliminatórias, entre Peru e Equador, em Lima, os termos “mono” e “monito” ganharam manchetes dos jornais esportivos peruanos durante dias seguidos. Revoltada, a mídia equatoriana se queixou de racismo.

O jornal El Telégrafo, do Equador, destacou no dia 7 de junho: “Imprensa peruana é a ‘barra brava’ de sua seleção”. A nota se referia às manchetes racistas e ao excessivo tom de rivalidade criado pela mídia peruana antes do jogo. "Barra brava" é uma definição de torcidas violentas. O jornal Depor, do Peru, por exemplo, tinha como manchete: “Para freír monos”, ou “Para fritar macacos”. 

Já o diário esportivo Líbero, também do Peru, destacava: “que los monitos traigan canasta para los goles” ou “que os macaquinhos tragam cesta para os gols”, referindo-se a uma possível goleada que poderia ser aplicada pela Seleção Peruana no duelo com o Equador. Os donos da casa acabaram vencendo por 1 a 0.

A definição racista nasceu nas arquibancadas peruanas em dias de jogos contra equipes ou a seleção do Equador. Recentemente, o termo se difundiu em jornais mais populares do país andino. Logo, o episódio envolvendo Tinga, do Cruzeiro, está longe de ser um caso isolado.

Na rede social Taringa, um internauta chegou a fazer um levantamento, em 2013, de algumas citações racistas feitas pela imprensa peruana. O título era “Imprensa peruana fomenta o racismo e o ódio”. O artigo reunia reproduções dos jornais peruanos Depor, Líbero e Ajá. Neles, não só os equatorianos eram chamados de “macacos”, mas os bolivianos era definidos como “boliches”, termo depreciativo.

Fonte: Super Esportes

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