Lendo hoje uns livros que escolhi ao léu na biblioteca de um intelectual , amigo meu, daqui de Xiquexique, deparei-me com um texto do incomparável Sérgio Porto, ou Stanislaw Ponte Preta, se preferirem, um grande escritor e cronista que faz falta hoje ao Brasil.
Li o FEBEAPÁ, (Festival de Besteiras que Assola o País) um dos melhores livros de crônicas que conheço e onde Stanislaw tira o sarro de gente burra, mau-intencionada, sem-noção. O que diria hoje Stanislaw se vivo fosse?
Personagens criadas por ele como a inesquecível Tia Zulmira, primo Altamirando e Rosamundo das Mercês, tornaram-se emblemas de um país, de uma era, de uma cultura. Leiam FEBEAPÁ para entender o que estou falando, talvez vocês consigam pela Internet.
Criticando posturas sociais, situações e pessoas da sua época pelo ângulo da ironia e do humor, Stanislaw era genial. E os seus textos são atuais assim como os problemas brasileiros daquela época ainda o são hoje. Passou-se o tempo. O Brasil de hoje ainda não se livrou de certos vícios.
Stanislaw também criticava o intelectual tupiniquim. Através de seu bom humor, leviano e sutil, soube construir uma linguagem cativante. Um cara comparável a Millôr Fernandes, sem dúvidas. Também era um frasista de primeira.
Contam que ao chamar o colunista social Ibrahim Sued de analfabeto (disse que Ibrahim era o único analfabeto do Brasil a possuir uma coluna em jornais!), Stanislaw provocou a fúria do festeiro Ibrahim.
Diante da reação furiosa deste, inclusive com ameaça de processo, Sérgio Porto tentou contornar o problema, escrevendo uma nova coluna num jornal, desta vez elogiando Ibrahim, colocando no final a seguinte observação:
-Ibrahim, eu não lhe chamei de analfabeto. A pessoa que leu para você entendeu mal!
Preciso indicar Stanislaw para os leitores deste blog AVOZ ?
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