Ao contrário dos comentários duros
contra o governo brasileiro, a Dagong tem avaliação mais amena. A última
revisão da nota brasileira ocorreu em janeiro, quando reafirmou a nota
"A-" e disse que o ambiente para a dívida brasileira é relativamente
estável. "A situação política basicamente estável do Brasil e a vantagem
da atual presidente Dilma Rousseff na eleição presidencial são fatores
favoráveis para a continuidade e estabilidade das políticas", diz
relatório divulgado em Pequim.
Os analistas chineses reconhecem,
porém, que nem tudo são flores. "O ambiente político interno complexo
constrange as reformas estruturais de longo prazo, que são repletas de grandes
dificuldades."
Em um ponto Dagong e S&P
concordam: a política fiscal. "O déficit fiscal e a situação da dívida
pioraram de forma consistente. Afetados pelo gasto que aumentou
significativamente, o déficit público aumentou para o equivalente a 3% do PIB
em 2013", diz a Dagong. Economistas da agência preveem que a dívida
pública subirá para 68,2% do PIB em 2014.
Criada em 1994 pelo governo, a
Dagong é a resposta de Pequim às agências ocidentais. Com critérios diferentes
dos usados pelas concorrentes, a agência se gaba de ter sido a primeira a
rebaixar a nota soberana dos EUA - movimento seguido por S&P, Moody's e
Fitch.
Fonte: Contexto Livre
0 comentários:
Postar um comentário
Os comentários serão de responsabilidade dos autores. podendo responder peço conteúdo postado!