O ser humano tem 10%
da genética de certos vermes e 15% de um tipo de mosca. Temos ainda 99% da
genética dos chimpanzés. Entre nós, seres humanos, nossa identidade genética é
de 99,9%.
Todos nós temos origem na África e pode
haver mais diferença entre dois louros que entre um louro e um africano.
A tonalidade da pele não difere
geneticamente os seres humanos. Não há duas raças humanas, mas uma só.
Esse é o resultado do mapeamento do
genoma humano publicado há algum tempo e comparado ao mapeamento de outros
seres vivos.
É um prazer pertencer à comunidade da
vida com vermes, moscas, chimpanzés e humanos que habitam esse planeta.
Provavelmente, sem aqueles seres, que nos transmitiram sua carga genética, não
estaríamos aqui. Se houve evolução das espécies, então devemos a eles todos os
degraus da evolução.
Mesmo que não tenha havido, somos todos
irmãos, parentes, geneticamente irmanados.
Portanto, mais que um preconceito
quando os espanhois pensam estar ofendendo algum brasileiro ou africano,
chamando-os de macaco, é pura ignorância.
Certos ramos das ciências sociais,
entretanto, acham interessante manter o conceito interpretativo de raça, não
porque existem duas ou três raças humanas, mas porque ele capta a discriminação
conveniente para os grupos dominantes que consideram seus semelhantes
inferiores por razões de cor.
Pois bem.
Hoje,
diante de mais um estúpido ato racista praticado contra um artista-trabalhador do futebol, Daniel Alves, lá na mesma Espanha que barra a entrada de turistas brasileiros nos seus aeroportos; Espanha de Hernán Cortés e Francisco Pizarro dizimadores das civilizações Asteca, Inca e Maia; lá no mesmo país ibérico em que um
torcedor racista ridículo (não é um fato isolado) atirou uma banana para o jogador, ( isso é comum por lá) mas que obteve a melhor resposta
política vinda de outra estrela do futebol, o Neymar. O craque brasileiro postou uma foto,
comendo uma banana nas redes sociais, dizendo: “Somos todos macacos” ao som das castanholas e das sanguinárias touradas de Madri.
A Seleção da Espanha enfrenta, no dia 13 de junho, a Seleção da Holanda , pela Copa do Mundo 2014 no Estádio da Fonte Nova em Salvador, a capital brasileira que se orgulha da sua negritude. Vamos recebê-los com civilidade, educação e dignidade.
A Seleção da Espanha enfrenta, no dia 13 de junho, a Seleção da Holanda , pela Copa do Mundo 2014 no Estádio da Fonte Nova em Salvador, a capital brasileira que se orgulha da sua negritude. Vamos recebê-los com civilidade, educação e dignidade.
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