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Nem todo mundo é perfeito

4/28/2014

Tenho aversão a tudo que escraviza as pessoas e o  Facebook escravizou, sobremaneira, a olhos vistos.

O povo perdeu a noção.

Na semana passada fui a um consultório oftalmológico para aumentar o grau dos meus óculos e observei, na sala de espera,  ainda com as lentes defasadas, que todo mundo 
fica com a cara grudada no celular, parecendo zumbis. 

Aliás, sempre me deparo com  rodinhas nos bares, (que já deixei de frequentar), em que ninguém mais fala. Ficam, por incrivel que pareça, bebendo cerveja e teclando no celular compulsivamente. Impressiona, mas é verdade!

Outra eloquente constatação é que  a galera se expõe demasiadamente no facebook. É uma exposição desenfreada, foto de tudo, todo mundo achando que tudo o que acontece nos seus redutos  é de extrema importância para a vida da população mundial, a evitar até a "Terceira Guerra Mundial" já iniciada entre a Rússia e a Ucrânia.

Anteontem , dia de sábado,  estava eu em uma festinha infantil e uma mãe tirava fotos de tudo e postava na hora, um negócio irritante. Ela ainda veio mostrar-me as tais postagens na maior manifestação de contentamento.

A intimidade é tanta que chamam o Facebook, carinhosamente, de "Face", ficando ainda mais ridículo. É nessa hora que minha pressão arterial vai a 18. Em consequência, desta vez, terei que ir ao consultório de um cardiologista, na esperança de que tudo não  recomece na sala de espera. Façam-me o favor! 

A razão de tudo isso vir à baila, nada mais é porque ficam  a me perguntar, exaustivamente, se eu tenho "Face".   Até  já me acostumei e tenho de  confessar que  me sinto um E. T. de Varginha, lá da ufológica cidade mineira, ao  notar a cara de espanto das pessoas quando falo que não tenho... facebook.

Um  dia desses estava preenchendo uma ficha de matrícula em um cursinho de inglês, para minha filha de oito anos de idade,  e um dos campos do formulário era: "Facebook do Responsável". Pasmem! 
Escrevi  "não tenho facebook"   já imaginando a professora, em regozijo intelectual,  a se perguntar que espécie de pai extraterrestre  sou eu.

De mais a mais, como diria o poeta Arnaldo Antunes ao abandonar a Banda Titãs: "Eu não vou, me adaptar, não vou."

1 comentários:

ÊTÊ de Varginha disse...

O ET de Varginha manda lembranças para
as muiés de Xique-Xique quem tiver facebook
pode acessar etvarginha.com.br, tô as Ordis.

28/4/14 21:32

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