O desmatamento da mata ciliar ao largo do Rio São Francisco tem ocasionado sérios problemas como assoreamento no leito, extinção de nascentes e o desbarrancamento de suas margens. Como consequência as condições de navegabilidade do rio tem diminuído nos últimos tempos.
Dos indícios de degradação salta aos olhos o assoreamento. Calculam-se 18 milhões de toneladas de arraste sólido carreados anualmente para a calha do rio, até o reservatório de Sobradinho. A erosão, que é fruto do desmatamento e do consequente desbarrancamento, além de alargar a calha do rio, gera uma carga elevada de sedimentos, que forma bancos de areia e “ilhas” (as chamadas “coroas” ou “croas”, no linguajar ribeirinho), constantemente se movendo e mudando de lugar.
O Rio São Francisco, pode-se dizer, é um milagre da natureza, pois faz o capricho de correr ao contrário e se estende do Sul mais baixo para o Norte mais alto, devido à falha geológica denominada “depressão são-franciscana”. Isto o torna muito vulnerável, pois a pequena declividade (em média 7,4 cm por km) na maior parte de sua extensão, justamente a que recebe poucos afluentes, favorece o desbarrancamento e o assoreamento.
Trechos antes navegáveis, sem restrições, como entre Pirapora e Juazeiro -Petrolina e entre Piranhas e a foz estão hoje bastante limitados. A navegação comercial persiste entre os portos de Muquém do São Francisco (Ibotirama) e Juazeiro-Petrolina.
Some-se a isso a evaporação do rio que tem diminuído seu volume. Mesmo com esses problemas a bacia abriga cinco hidrelétricas - Três Marias, Sobradinho, Paulo Afonso, Itaparica e Xingó - que abastecem todo o Nordeste e parte do Estado de Minas Gerais.
O São Francisco sofre ainda com a intensa atividade agrícola e mineradora que repercutem diretamente no curso d´água. A produção de carvão afeta gravemente a região. O produto abastece principalmente a indústria siderúrgica de Belo Horizonte (MG). Os maiores produtores são municípios mineiros.
Depois não digam que não foram avisados.
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