Ao
usar os acordos de leniência que vêm sendo negociados entre as empresas
envolvidas na Lava Jato e a União como pretexto para pedir o impeachment da presidente
Dilma Roussef, o movimento 'vem pra rua', braço tucano de mobilização nas redes
sociais, assume a linha defendida pelo ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman: quanto
pior, melhor; o objetivo é quebrar as empreiteiras, provocar desemprego em
massa e, assim, com a deterioração econômica, criar as condições para um golpe;
estratégia foi explicitada nesta segunda-feira por Rogério Chequer, empresário
que até recentemente vivia nos Estados Unidos e tem ligações com a Stratfor,
empresa americana de inteligência chamada de "CIA privada"; sobre os
acordos de leniência, é evidente que qualquer governo minimamente responsável,
em qualquer país sério, tentaria preservar empresas que empregam centenas de
milhares de pessoas.
O movimento 'vem pra rua', instrumento de mobilização do PSDB nas redes
sociais, assumiu sua nova linha de discurso. Nos protestos marcados para 12 de
abril, irá pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em razão dos
acordos de leniência que estão sendo negociados entre as empresas envolvidas na
Lava Jato e a União.
“Não podemos ficar calados diante disso. O que parecia um plano iniciado
no Executivo, interferido no Judiciário, invadindo a AGU, passado pelo TCU e
aterrissado na Controladoria-Geral (CGU) começa a se deflagrar”, diz Rogério
Chequer, líder do 'vem pra rua', que se diz apartidário, mas é tucano da cabeça
aos pés.
Ao atacar os acordos de leniência, tanto o PSDB como o 'vem pra rua', que
são duas faces de uma mesma moeda, assumem a linha de ação defendida
explicitamente pelo ex-governador paulista Alberto Goldman: a do quanto pior,
melhor.
Em artigo publicado na Folha, Goldman escreveu que a deterioração econômica
é uma das condições necessárias para se obter um eventual impeachment da
presidente Dilma Rousseff.
Nos últimos seis meses, o setor da construção já demitiu cerca de 250
mil pessoas no Brasil. Estaleiros, como o Rio Grande, no Sul do País, e o Enseada,
na Bahia, estão praticamente fechando as portas. Caso os acordos de leniência
sejam inviabilizados, como defendem o 'vem pra rua' e o PSDB, o saldo de
demissões poderá superar a cifra de 1 milhão de trabalhadores, provocando o
colapso da infraestrutura no País.
É justamente por isso que a ação liderada pelos ministros Valdir Simão,
da Controladoria-Geral da União, e Luis Inácio Adams, da Advocacia-Geral da
União vem sendo tão bombardeada pela oposição, que, ainda que não assuma,
deseja o caos econômico e o desemprego em massa. Apenas vozes isoladas, como o
deputado José Carlos Aleluia (DEM/BA), tiveram o bom senso de lembrar que a
engenharia é um patrimônio brasileiro e não deve ser destruído por razões
políticas.
Aleluia sabe, afinal, que qualquer governo responsável, em qualquer país sério, agiria para preservar empresas que têm conhecimento acumulado e empregam centenas de milhares de pessoas.
Um exemplo claro disso é o que ocorreu, por exemplo, com as empresas
Siemens e Alstom, acusadas de pagar propinas gigantescas ao redor do mundo,
inclusive no Brasil (não é mesmo, 'vem pra rua'?) e se comprometeram a adotar
práticas anticorrupção.
O
compromisso de Chequer, no entanto, não é com o Brasil. Até recentemente, ele
vivia nos Estados Unidos e, aparentemente, era uma das fontes de informação da
empresa americana de inteligência Stratfor, um braço privado da CIA.
Brasil de Fato
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