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"Multa" de R$ 200 milhões seria golpe para destruir o Partido dos Trabalhadores

4/20/2015


 Brasil 247: Lava Jato quer fechar o PT com multa de R$ 200 mi

Procuradores defenderão a tese de que os recursos arrecadados oficialmente pelo ex-tesoureiro João Vaccari, no chamado caixa 1, são "propina" e tentarão transformar a legenda em lavanderia de recursos ilícitos; o passo seguinte, segundo antecipa Folha de S. Paulo, será a aplicação de uma multa de R$ 200 milhões, equivalente ao valor citado por Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, em suas delações premiadas; nesse cenário, o Partido dos Trabalhadores, que já renunciou às doações de empresas, ficaria, também, sem acesso ao fundo partidário e sem qualquer oxigênio para disputar futuras eleições; na prática, seria o banimento de um partido político por uma ação judicial de primeira instância.


 

O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que em uma das últimas sessões da CPI da Petrobras previu o futuro do ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto com a célebre frase "O senhor tem tudo para ser preso e o PT também tem tudo para ser extinto", talvez tenha razão. E não apenas no primeiro caso.

Reportagem desta segunda-feira antecipa qual será o desfecho da Lava Jato, operação conduzida pelo juiz Sergio Moro no Paraná e que parece ter, como objetivo maior, a destruição do Partido dos Trabalhadores.

Segundo o texto de Andréia Sadi e Marina Dias (leia aqui), o passo final dos procuradores que estão à frente da Lava Jato será a imposição de uma multa de R$ 200 milhões ao partido, valor equivalente ao valor citado por Pedro Barusco, em suas delações premiadas.

A estratégica consiste em criminalizar o partido, classificando todas as suas doações, levantadas pelo ex-tesoureiro João Vaccari Neto, preso há uma semana, pelo chamado "caixa 1", como fruto de "propina".

Em seguida, o partido receberia a multa, que confiscaria até os recursos do fundo partidário, que, desde a semana passada, será a única fonte de receita da legenda – uma resolução anunciada pelo presidente Rui Falcão indica que o partido renunciou a futuras doações privadas, antecipando-se à reforma política.

Sem recursos mínimos, o partido, que, além do governo federal, tem cinco governos estaduais e mais de 700 prefeituras, não teria oxigênio nem para sobreviver, nem para disputar futuras eleições.

Na prática, com a Lava Jato, uma iniciativa judicial de primeira instância, seria colocado na clandestinidade, como previu o tucano Carlos Sampaio.

 
Observatório político

 

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