No mundo jurídico, não há quem não
apoie o professor Luiz Fachin, indicado pela presidente Dilma Rousseff para
ocupar a vaga aberta por Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal. Fachin já
recebeu declarações de apoio da OAB (leia aqui), de juristas (leia aqui) e de vários ex-ministros da Justiça, incluindo
Miguel Reale Júnior, ligado ao PSDB (confira aqui).
No entanto, Fachin tem sido alvo de uma inédita e insidiosa campanha
negativa, promovida por dois grupos de comunicação: Veja e Globo. Os argumentos
beiram o ridículo. Alega-se que o professor Fachin, aprovado por toda a
comunidade jurídica, seria um defensor da bigamia e do fim da propriedade
privada.
Neste fim de semana, às vésperas da sua sabatina no Senado, marcada para
o dia 12, ele foi 'presenteado' com uma capa de Veja que, na prática, tenta
emparedar os senadores. O editorial de Eurípedes Alcântara, diretor de redação
da revista, não poderia ser mais pretensioso. "Como sabatinar
Fachin", é o título. Internamente, a reportagem não se ancora em nenhum
fato, mas apenas nas opiniões do colunista neocon Reinaldo Azevedo, que,
recentemente, foi desmascarado pelo autor de um livro que ele próprio citava
para argumentar contra Fachin.
No Globo, quem se prontificou para
atacar Fachin foi Merval Pereira, na coluna "O lado errado".
"Mesmo sem ser filiado ao partido, Luis Edson Fachin tem uma atuação
política muito próxima de uma ala radical do petismo que está sendo contestada
cada vez com mais intensidade pela sociedade brasileira, e que já não tem o
apoio da maioria do Congresso", diz Merval. O fato de ele ter apoio do
senador Alvaro Dias (PSDB-PR), segundo o colunista, é irrelevante. "O
apoio do tucano Álvaro Dias à sua indicação é uma dessas atitudes provincianas
que não deveriam ser levadas em conta".
Bom, mas como justificar, então, o apoio de Miguel Reale Júnior, que não
vem da "província" do Paraná?
Fachin enfrenta um cerco inédito, mas
deve ser aprovado. O fato do dia foi um novo parecer do Senado, que lhe é
favorável (leia aqui).
Afora isso, o ponto é o seguinte: se Veja, Globo, Reinaldo e Merval são
contra, tudo indica que sua confirmação será benéfica para o Supremo Tribunal
Federal e para o País.
Com informações do Brasil247
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