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150 anos depois, integração do São Francisco sai do papel

8/21/2015


 
“Um momento histórico”. Assim definiu a presidente Dilma Rousseff em seu discurso durante inauguração da primeira Estação de Bombeamento (EBI-1) do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), em Cabrobó, Pernambuco, que contou com a participação de dezenas de lideranças políticas e sociais, entre as quais, a presidenta nacional do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos.
 

“Vivemos um momento histórico porque essa obra foi concebida pela primeira vez quando Dom Pedro era imperador. Tem 150 anos que essa obra não saia do papel. E hoje estamos comemorando, pois ela é uma realidade”, enfatizou Dilma.

A presidente fez questão de salientar que a obra se tornou realidade graças ao empenho e compromisso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Há nessa obra uma questão de vontade política. Eu me refiro ao presidente Lula. É uma obra que esteve em pauta durante 150 anos. Precisou que um nordestino fosse eleito presidente. Que esse nordestino tivesse sido praticamente expulso de sua casa aqui em Pernambuco, que tivesse vindo para São Paulo e soubesse o preço, o custo em termos de vidas, de perspectiva de futuro e esperança que a seca impunha para a população do Nordeste. E aí, a vontade de fazer foi muito importante, por isso eu me refiro a ele porque teve um papel decisivo para que essa obra ocorresse”, salientou Dilma.

Vontade política e Lula

A presidente recordou que há exatamente um ano, ela e o ex-presidente Lula estiveram em Cabrobó, para acompanhar o andamento das obras. “Naquele dia já ficamos impressionados. Mas a gente achou que era pouca. Ficamos mais admirados com essa estação de bombeamento e a de energia, que ainda estava em construção. Ficamos admirados com a grandiosidade dessa obra’, lembrou.

“O presidente Lula quer muito inaugurar essa obra e eu assumi com ele o compromisso de que nós vamos, juntos, inaugurar porque ficará pronta em 2016”, garantiu a presidenta.

Seca

Dilma também disse que não é possível evitar a seca, mas que o governo age para amenizar os impactos que tem sobre a população.

“Conviver com a seca é saber que mais cedo ou mais tarde ela chega, mas quando chegar, não nos pega sem proteção. É isso que queremos com esse canal", disse.

Dilma afirmou que tudo na obra é grandioso e complexo. “Agora é bom que a gente conte pra todo mundo o tamanho dessa obra porque muita gente falava 'isso não sai do papel'. Pois saiu do papel”.

São cerca de 500 quilômetros de canais, nove estações de bombeamento, 27 reservatórios, 4 túneis e 14 aquedutos, e junto de cada uma das nove estações de bombeamento terá uma subestação de energia para elevar a água a 35 metros de altura.

“Tudo nela é grande, mas tem uma coisa mais importante: é que essa obra vai beneficiar 12 milhões de pessoas. A gente mede uma obra não pela quantidade de concreto que ela tem ou pelo tamanho dos andares, mas a quem ela beneficia. E ela beneficia 12 milhões de brasileiros e brasileiras de 390 municípios do Nordeste”, frisou a presidenta.

Capacidade de abastecer o Uruguai e Paraguai juntos

Para se ter uma ideia da relevância da obra, 12 milhões de pessoas é mais do que a soma da população do Uruguai e Paraguai. “É como se tivéssemos um Uruguai e Paraguai dentro do Brasil e esses países fossem beneficiados com essa obra de integração do Rio São Francisco”, declarou a presidenta, salientando que uma das principais preocupações foi garantir que as comunidades que vivem no entorno
do canal fossem atendidas, como pequenos agricultores rurais, assentados da reforma agrária, população quilombolas e indígenas.

“Seria um horror que as pessoas que moram aqui vissem a água passar e não tivessem acesso a ela”, disse a presidente Dilma.
 
 

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