A revista Veja
demitiu nesta sexta-feira (6) a apresentadora do seu canal de vídeos (a TVeja),
Joice Hasselmann. Esta é a terceira demissão de comentaristas e blogueiros
direitistas só neste semestre. Antes dela, os blogueiros Rodrigo Constantino e
Ricardo Setti já haviam sido desligados. Mais recentemente, Caio Blinder,
colunista do site em Nova York, foi também despachado.
Joice foi denunciada por 65 plágios de veículos como Gazeta do Povo, Bem
Paraná e G1 pelo Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas do Paraná
(Sindijor-PR), que comprovou a cópia dos conteúdos. Ela tinha amplo espaço no
canal de vídeos, mas vinha perdendo espaço desde a denúncia.
Rodrigo
Constantino é um entre vários discípulos do ultraconservador Olavo de
Carvalho que foram colocados no site da revista nos últimos tempos. Sua
demissão não sinaliza uma mudança na linha editorial de direita da Veja.
Confirma, apenas, que as coisas estão realmente ruins para a Abril. Pouco tempo
atrás, a Veja não conseguiu segurar um de seus mais conhecidos jornalistas,
Lauro Jardim, da seção Radar. Lauro foi para O Globo.
Pouco depois de
sair da revista, Constantino atacou a publicação Ele não gostou de ler em Veja
um editoral contra mudanças no Estatuto do Desarmamento. Então, ele disse que a
revista aderiu “a teses da esquerda” e terá “morte horrível”.
É óbvio que a Veja
não chegou nem perto de qualquer tese da esquerda. Mas em uma coisa o
Constantino pode ter razão: a publicação caminha para uma "morte
horrível".
2015 tem sido um ano particularmente difícil para a publicação. Suas
versões regionais de Belo Horizonte e de Brasília foram canceladas. No primeiro
semestre, foram 49 demissões (lembre aqui).
O encolhimento de Veja é a última
etapa do enfraquecimento da Editora Abril, que já teve metade do seu imponente
prédio devolvido, várias revistas descontinuadas e seu braço educacional, a
Abril Educação, vendido
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