Em razão do meu trabalho tenho que viajar, compulsoriamente, para garantir o iogurte e o queijo coalho das minhas crianças. Nestas condições laborativas, o escritório onde estou a queimar o que ainda me resta de massa cinzenta, faz com que eu, imperativamente, viaje de avião, porque os hierarcas afirmam ser questão de economia, de tempo e dinheiro, apesar de contra argumentar, sem obter sucesso, que as minhas fobias aéreas necessitam, primacialmente, de análises profundas, segundo a psicóloga da qual sou um fugaz paciente.
Para que vocês compreendam, estou a escrever, ou melhor, a digitar esta matéria no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, enquanto espero um voo para São Paulo. Por isso peço desculpas aos insignes leitores do A Voz pela pressa que me conduz nesta escrita digitada.
Vim ao Rio para participar de duas audiências no Juizado Especial Cível, na histórica praça XV de Novembro, no Centro, e daqui sigo para São Paulo para labuta semelhante.
Asseguro-lhes que estou a digitar esta postagem para o A Voz, sentado nas cadeirinhas azuis do aeroporto, pregadas umas às outras, para dizer que a titulo de café da manhã, tive de fazer um lanche aqui no Santos Dumont e senti, no meu bolso raso, os preços decolarem tais quais o avião da Avianca no qual daqui a pouco irei embarcar. Os preços das lanchonetes deste aeroporto chegam a custar o triplo do que é cobrado em shoppings e lanchonetes do Rio de Janeiro.
Disseram-me, aqui mesmo no aeroporto, que a elevação dos preços nas lanchonetes se deu para contestar os petistas e em face da chegada das classes C e D ao saguão de embarque dos aeroportos brasileiros e, por isso, até forçaram que a Infraero agisse para que os novos passageiros não pudessem pagar 15 reais por um misto quente com um refrigerante. Cobram caro e ainda batem o pezão para não diminuir os preços.
Um pão de queijo grande, no Santos Dumont, custa R$ 7, mas é vendido por R$ 2,70 em uma franquia da mesma rede no centro do Rio. Os preços altos obrigam quem trabalha neste aeroporto a trazer comida de casa, conforme me disse uma garçonete que é baiana e reside na comunidade pavão-pavãozinho em Copacabana...
Disseram-me, aqui mesmo no aeroporto, que a elevação dos preços nas lanchonetes se deu para contestar os petistas e em face da chegada das classes C e D ao saguão de embarque dos aeroportos brasileiros e, por isso, até forçaram que a Infraero agisse para que os novos passageiros não pudessem pagar 15 reais por um misto quente com um refrigerante. Cobram caro e ainda batem o pezão para não diminuir os preços.
Um pão de queijo grande, no Santos Dumont, custa R$ 7, mas é vendido por R$ 2,70 em uma franquia da mesma rede no centro do Rio. Os preços altos obrigam quem trabalha neste aeroporto a trazer comida de casa, conforme me disse uma garçonete que é baiana e reside na comunidade pavão-pavãozinho em Copacabana...
Infelizmente tenho que me interromper e parar por aqui. Estão chamando o meu nome, com aquela voz estereotipada de aeroporto, para o embarque imediato. Quase perdi o voo pois a fiação do meu notebook enganchou na tomada. Estou correndo até o portão de embarque. Prometo, ao voltar para Salvador, que vou sugerir ao pessoal do escritório que me despachem de ônibus ou de navio. Bye, bye.
Nilson Machado de Azevedo
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