Vinte cidades compõem hoje a chamada microrregião de Irecê. O próprio nome já beneficia a cidade sede desta microrregião, fazendo com que a maioria dos benefícios dos governos federal e estadual sejam implantados em Irecê, deixando os demais municípios totalmente dependentes desta cidade sede.
É preciso repensar na forma como estes 20 municípios se situam na microrregião, como estão sendo tratados, beneficiados ou não, por uma política que centraliza órgãos governamentais e empreendimentos, onde a maioria dos demais municípios ficam na dependência, apesar da grande importância e capacidade que os mesmos têm para o crescimento e fortalecimento regional.
A falta de representantes regionais no Legislativo Baiano, que defenda interesses coletivos de toda a microrregião - e não somente de uma cidade - tem feito com que a maioria dos municípios sejam esquecidos, centralizando ações na cidade sede, onde as demais cidades, que são maioria, fiquem isoladas e a mercê de ações centralizadas, uma vez que as necessidades, como também a realidade cultural, produtiva e econômica de cada município, tenham suas particularidades.
Nossa região tem cerca de 400 mil habitantes e estimativas de 260 mil eleitores, com capacidade de eleger vários deputados estaduais, mas, que por falta de diálogo e ações conjuntas, praticamente fica sem representação; parte por não conseguir acesso ao legislativo, outros por não terem compromisso, a não ser consigo mesmo.
Além das 20 cidades, poderíamos ainda acrescentar mais dois municípios a este projeto regional, que é Barra e Morpará, por estarem próximos e fazerem divisa com Xiquexique, a segunda maior cidade da nossa região.
21 cidades não podem continuar a serviço do crescimento de um centro em detrimento das demais. É preciso abrir um diálogo com a população e lideranças deste Município, percebendo o potencial de cada um dentro da microrregião, onde poderemos unir forças na defesa de uma nova ideia, de um novo projeto que integre os municípios, fortalecendo ações conjuntas dentro das necessidades de cada um. Não podemos continuar reféns de Irecê, precisamos defender interesses coletivos para que possamos crescer juntos, onde todos possam ser parceiros, mais valorizados; para que cada um se desenvolva, ajudando uns aos outros, dentro das suas possibilidades.
Precisamos ser lembrados e respeitados de forma igualitária. E para isso, devemos discutir ideias no sentido do crescimento coletivo uniforme, junto aos governos federal e estadual para que não sejamos engolidos por um município que centraliza a maioria das ações governamentais, e que termina ganhando sozinho outros benefícios, como os comerciais, deixando a cada dia cidades circunvizinhas mais pobres e afiliadas.
Irecê é estratégico para ações de grande porte. Ações essas, que sabemos não ter como implantar em cada município. No entanto, diante da centralização, outros benefícios menores, também se centralizam na sede, deixando todos os outros municípios reféns e isolados.
Nada contra a coirmã Irecê, mas não podemos continuar submetidos a tais circunstâncias, pois elas têm trazido grandes prejuízos aos demais municípios.
Edgardo Pessoa Filho - GAL
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