Não é hora de atear fogo às vestes.
Os dados estão rolando. Não estamos vivendo um novo 31 de março de 1964.
Não ainda.
A Operação Aletheia – que deveria se chamar Operação Globo – não define nada. Seu mérito maior, se é possível usar essa expressão, é revelar as intenções da Lava Jato e Sergio Moro, sob as bênçãos dos Marinhos e, por extensão, da plutocracia.
O objetivo jamais foi erradicar a corrupção, mas derrubar o governo e acabar com Lula. (No triunfo supremo do cinismo, Aletheia é uma palavra grega que significa busca da verdade.)
A sequência dos acontecimentos é clara quanto a isso: o vazamento pela PF da alegada delação de Delcídio, o Jornal Nacional de ontem com conteúdo assassino e, na manhã desta sexta, um enxame de policiais fortemente armados para capturar Lula.
Tudo isso às vésperas de uma manifestação pró-impeachment.
A grande questão, agora, é como os defensores da democracia – não estamos falando apenas de petistas – reagirão.
A verdade estará nas ruas.
Caso os antigolpistas reajam como vigor – atenção: não confundir com violência – o golpe será abortado. Caso corra sangue de brasileiros, o que seria uma tragédia, todos sabemos de quem é a culpa: dos mentores da ação desta manhã.
Não é hora de lamentar a apatia suicida com que o governo tratou a Lava Jato. Como o ministro da Justiça recém-saído pôde cruzar os braços diante das barbaridades cometidas por Moro e pela PF?
Como, em nenhum momento, o PT expôs a face real da Lava Jato? Como os governos Lula e Dilma continuaram a dar verbas bilionárias de publicidade para uma empresa com um histórico notável de golpes contra governos populares?
0 comentários:
Postar um comentário
Os comentários serão de responsabilidade dos autores. podendo responder peço conteúdo postado!